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domingo, 22 de abril de 2012

Raças de Equinos


Cob Irlandês
O cob é um dos cavalos mais sedutores do mundo. Embora seja recomendável à primeira vista, não é uma raça, de vez que não há padrões determinados para o seu padrão. A maneira mais rápida de
identificar o Cob Irlandês é verificar que se trata de um cavalo de tração cujas patas não são peludas. Esta raça de tiro possui um certo refinamento, apesar de manter as características dos eqüinos de sangue frio: pescoço curto e forte, cabeça de chanfro convexo, ombros poderosos, membros curtos e ossudos e patas grandes.
Carga Genética: Obviamente um animal autóctone, descendente do Berbere pré histórico que, contudo, pode Ter recebido alguma carga genética de Árabes levados por invasores, sobretudo pelos romanos.
Histórico: A existência da raça é milenar. Tendo sido utilizada tanto para tração quanto para montada. Nos séculos 18 e 19 , em especial, o Cob Irlandês foi aproveitado nos demais territórios britânicos. A partir dessa difusão da raça, também se desenvolveu uma nova estirpe, denominada Hunter, ou cavalo de caça. Trata-se da cruza do Cob com o Puro Sangue Inglês, cujo produto é um animal de cerca de 1,65m de altura, chanfro reto, garupa poderosa e oblíqua e excelente saltador, somando as qualidades mais desejáveis das duas raças: a resistência e potência do Cob com a
vivacidade, o refinamento e o sangue quente do Puro Sangue Inglês.
Função: O Cob tradicional ainda é usado em pequenas propriedades rurais ou em vilarejos pitorescos, para tração ou mero transporte de cavaleiros montados.
Altura: de 1,50m a 1,60m, para o Cob de tiro.
Pelagem: As usuais alazã, castanha ou tordilha, com uma certa predominância da castanha escura, quase negra, tanto no animal de tiro quanto no de caça.

Clydesdale
Uma das maneiras de se distinguir este cavalo de tração dos demais está na
pelagem: o Clydesdale possui manchas brancas pelo corpo, sobretudo na cara e
nos membros inferiores. Em movimento, sua ação é larga e compassada: quem
observar por trás verá a sola das patas, bem elevadas em ação. As características gerais são comuns aos animais de tiro: pescoço forte e arqueado, cernelha alta, conjunto dorso/anca curto, espádua quase vertical e membros anteriores diretamente sob os ombros. Os ossos são largos e poderosos, a musculatura compacta e potente.
Carga Genética: Basicamente, o Clydesdale é o
produto do sangue Berbere de linhagens
distantes e separadas entre si por séculos. Os
escoceses cruzaram seus cavalos autóctones,
descendentes do Berberes pré históricos, com
animais nórdicos, sobretudo pela importação de
garanhões da região continental de Flandes.
Histórico: Com a abertura de estradas que
permitiam a circulação de veículos de tração, os
escoceses do condado de Lanarkshire, que é
banhado pelo rio Clydesdale, resolveram
desenvolver uma raça de tiro para escoar a
produção de carvão de suas minas ali localizadas.
Logo os agricultores também aderiram à nova
raça, que recebeu o nome de rio. Com o passar do tempo, o cavalo ultrapassou as fronteiras da Escócia, sendo introduzido no Reino Unido, a partir do século 18.
Função: Apenas a tração.
Altura: Em média 1,62m.
Pelagem: Predominantemente castanha, com as citadas manchas brancas; quando o
alazã é tostado, também com as manchas. Finalmente, pode ser ruão com manchas.

Derashouri
Não seria fácil distinguir um cavalo da raça Darashouri de um Berbere, pois, na realidade, se trata de um animal tipicamente dessa linhagem, cultivado no Irã. Evidentemente, há a presença
de sangue Árabe no cavalo da antiga Pérsia, que se faz notar, sobretudo, no perfil mais reto, menos acarneirado e, as vezes, até côncavo, tanto do Derashouri quanto no chamado cavalo Jaf, que é basicamente o mesmo animal. Contudo, a garupa inclinada denuncia a predominância do Berbere, assim como a estatura, grande para um cavalo do deserto. O Árabe, no Oriente Médio , atinge em torno de 1,43m de altura e a raça tem garupa horizontal.
Do original cavalo do deserto, da rota das estepes, com cruzas contemporâneas. Ao deslocar-se da Ásia Central, o Berbere tomou duas rotas: a nórdica , indo para o Oeste pelo topo da Europa, e a das estepes, descendo para Sudoeste, em direção a Península Arábica. Obviamente, os eqüinos se espalharam também pela Pérsia, que, com centro de um dos primeiros impérios da raça humana, cultivou o cavalo em quase todas as suas regiões . Nos planaltos, o pescoço do Darashouri é mais encorpado, ao passo que nas províncias montanhosas o Jaf exibe uma certa herança do pescoço de
cisne característico do Árabe.
Função: O cavalo oriental é um companheiro do homem, utilizado para tudo, em
especial como montaria.
Altura: Em média 1,50m.
Pelagem: Rigorosamente as tradicionais alazã, castanha e, eventualmente, tordilha. Tanto a pelagem quanto as crinas são extremamente sedosas.

Dole
Este é um cavalo da Noruega possui
certas características curiosas, uma
das quais a de poder ser considerado
um animal de tração em miniatura,
pois há grande variação na altura dos
indivíduos. Outra característica está
na cabeça : parece a de um Pônei,
delicada e às vezes com chanfro até
côncavo, em contraste com o resto do
corpo. O pescoço é forte, os ombros
são bastante verticais, a musculatura é bem desenvolvida e os membros são curtos e
ossudos, com patas peludas.
Um dos muitos ramos do cavalo nórdico, descendente do Berbere pré histórico. nos
indivíduos mais delicados, ágeis e velozes, há a presença de cruzas controladas de
Puro- Sangue Inglês recente.
Os animais nórdicos, embora mantendo as características dos pesados cavalos ditos da
floresta, sofrem a influência da falta de alimentação exuberante nas gélidas regiões do
Mar do Norte, o que explica a oscilação entre os portes dos indivíduos, tendo algum
perdido a altura, através dos séculos, a exemplo do que se deu com o Piquira, no
Brasil.
O indivíduo de porte mais avantajado é utilizada em pequenas propriedades rurais,
tanto no arado quanto em setores madeireiro. Os mais ágeis são trotadores para
jarretes e animais de montaria.
Altura: de 1,40 a 1,52m.
Pelagem: Predominantemente castanha, do avermelhado ao negro, com abundância de
crinas espessas características dos animais de tiro, podendo ocorrer a presença de
pêlos brancos, sobretudo nas patas peludas.

Don
Trata-se de um cavalo de difícil descrição,
diante da inconsistência de características
marcantes, sendo um animal desenvolvido na
URSS a partir de inúmeras cruzas e entre várias
raças. Talvez haja a predominância de algumas
características do Puro Sangue Inglês,
exatamente aquelas mais adequadas à
velocidade, como os posteriores quase retos. A
cabeça também é muito refinada para um
animal cuja base está no chamado cavalo das
estepes, sem , contudo, o perfil côncavo dos
delicados cavalos do deserto, deixando bem marcada a presença do Puro Sangue
Inglês. Em termos de raças contemporâneas, há sangue Anglo- Normando , Árabe, PSI
e Orloff.
A base da raça e asiática, das estepes. Na fracassada invasão
napoleônica da Rússia, em 1812, os franceses abandonaram
cavalos Anglo- Normandos, que os cossacos utilizaram na
reprodução. Posteriormente, houve a introdução de sangue de
animais turcos, de linhagem Árabes e Berberes modernas. Finalmente, adicionaram o
sangue PSI para obter mais porte, assim como o Orlou, que já é também o produto de
cuidadosas cruzas de linhagens nórdicas, orientais, etc.
Este cavalo de sela é utilizado para lazer ou ação militar, servindo em regiões de difícil
acesso motorizado.
Atinge uma média de 1,52m, na atualidade, pois originalmente não passava de 1,45m,
devendo continuar a crescer através de futuras seleções.
Pelagem: as tradicionais alazã e castanha, além do baio e do eventual tordilho, não
sendo de agrado a incidência de manchas, preferindo-se uma só.

Einsieder
Esta raça é a versão suíça do cavalo Anglo Normando. É um animal de esporte,
garboso como um Puro Sangue Inglês, mas
possuindo as características mais adequadas
ao salto, como o conjunto dorso/ anca mais
curto, canas curtas e fortes, cuvilhões mais
baixos, quartelas mais curtas, garupas
fortes, etc.
Basicamente a do Anglo Normando, e ainda
do Hackney, introduzida modernamente. A
cultura de uma raça para esportes, na Suíça,
curiosamente é devida aos monges
Beneditinos! A tradução do nome da raça é "eremita". O primeiro registro da criação
data de 1064, obviamente a partir de animais meramente nórdicos, pois nem sequer
existia a Inglaterra como nação! Contudo, os suíços foram introduzindo o Anglo-
Normando à medida que esta raça foi sendo desenvolvida na França e, posteriormente,
houve a importância do Hackney, diretamente da Inglaterra.
Função: Cavalo desenvolvido para esportes, sendo excelente saltador ou animal de
adestramento. Contudo, muitos o utilizam como trenós no inverno ou praticar o
perigoso esqui na neve. Quando um indivíduo atinge grande estatura, há quem até
mesmo o empregue na tração agrícola em Zonas rurais.
Altura: Em média, 1,62m, mas pode atingir 1,70m.
Pelagem: Qualquer uma é possível, mas a grande incidência é a de pelagens claras,
como a alazã ou baia, na qual somente as crinas e membros inferiores são escuros.
Possivelmente, através dos tempos, houve a eliminação propositada do gens tordilho,
mas as demais pelagens teriam sido clareadas pela natureza nórdica.

Mangalarga Marchador
A raça passou a ser cultivada a partir da crianção
do barão de Alfenas, cruzando um garanhão Alter
Real, presente de D. Pedro II, com o rebanho
mineiro dos Junqueira, de origem também ibérica.
Seu nome deve-se ao seu andamento, ou mais
provavelmente ao nome de uma fazenda no Estado
do Rio de Janeiro, onde esses animais, por volte de
1845, passaram a ser conhecidos e cobiçados por
todos os homens de posse da então capital do
Império. É a mais antiga raça zootecnicamente
formada na América Latina.
Tendo a Associação de Criadores de Mangalarga de São Paulo estabelecido
preferência para o andamento denominado "marcha trotada" em contraposição à
preferência dos criadores mineiros para a marcha picada, resolveram estes últimos
organizar sua própria Associação, com livros separados de registro, a partir de 1950,
de acordo com o padrão seguinte, modificado em 1951.
Descrição
Peso de 350 a 400 quilos no macho (menor do que o Paulista).
Estatura de 150cm no garanhão, com uma média de 151 e um mínimo de 146cm. Na
fêmea 144cm, com um mínimo de 138cm.
Perímetro torácico de 175cm no macho e 173cm na fêmea.
Pelagens - As dominantes são a castanha e a tordilha . São também freqüentes a báia e
alazã, ocorrendo em menor proporção a negra, a branca, a rosilha, a lobuna e a
pampa.
Cabeça de tamanho médio e harmoniosa, com fronte larga e plana, de perfil retilíneo,
tolerando-se o subcôncavo, ganachas delicadas e afastadas . Os olhos devem ser
afastados, grandes, vivos, e de pálpebras finas. As orelhas são de tamanho médio, bem
implantadas, atesouradas e móveis. A boca ser medianamente rasgada, com lábios
finos, iguais, móveis e firmes. As narinas devem ser abertas e flexíveis.
Pescoço leve, de comprimento médio, com crina rala e sedosa, harmoniosamente
ligado à cabeça e de inserção bem definida. Deve ser piramidal e bem posto, tolerandose
o ligeiramente rodado.
Corpo de porte médio, um pouco musculoso, entretanto prefere-se que seja de
aparência leve e de musculatura bem proporcionada. A cernelha, deve ser comprida,
alta, musculosa e bem definida. O tórax profundo e amplo com costelas longas e
arqueadas, o dorso e lombo curtos e direitos. Os flancos cheios e arredondados. A
garupa longa, musculosa e bem ligada ao lombo e tão horizontal quanto possível. A
cauda bem implantada, de inserção não alta, de sabugo curto e firme, ligeiramente
curvada para cima na ponta, quando o animal se movimenta, com crina rala e sedosa.
Órgãos genitais perfeitos.
Membros fortes, com articulações salientes, firmes e bem aprumados. A espádua é
musculosa; sem excesso e oblíqua. O braço curto e musculoso, o antebraço longo e
musculoso, os joelhos direitos, largos e chatos, as coxas cheias, as pemas longas, fortes
e bem aprumadas; os jarretes secos e aprumados; as canelas curtas, secas, limpas, com
tendões fortes e bem delineados; os boletos devem ser largos e bem definidos; as
quartelas médias, oblíquas e fortes e os cascos, arredondados, lisos, escuros, com a
sola côncava e a ranilha elástica.

Paint Horse
Altura - média de 1,50m.
Porte - Médio
Altura - média de 1,50m. Porte - Médio
Andamento - Trote Aptidões - Um dos
cavalos mais versáteis. Ultilizado nas
corridas planas, salto, prova de rédeas,
tambores, etc.
Aptidões - Um dos cavalos mais versáteis.
Utilizado nas corridas planas, salto,
prova de rédeas, tambores, etc.
Influência: Espanhol. Atributos físicos, bem como os diversos tipos de coloração.
Origem: Século XVI. Descende dos cavalos espanhóis trazidos para a América no
século XVI. Até os séculos XVIII e XIX, uma linhagem de cavalos mosqueados,
derivados de sangue espanhol, ainda existia na Europa. O nome "pinto"vem do
espanhol "pintado", que se tornou, para os cowboys americanos, "paint". Cavalos com
mais de uma cor ou mosqueados eram também chamados de "calicos".
Temperamento: Inteligente e disposto.
Pelagem: São dois os tipos de coloração: overo e tobiano. Overo E a pelagem com a
cor básica acompanhada de grandes manchas brancas oirregulares: tobiano é a
pelagem de fundo branca, com
grandes irregulares de cor.
Característica: É difícil dar
ao Paint Horse status de raça
no sentido tradicional da
palavra, devido à falta de
consistência no tipo e no
tamanho.
História Da Raça
Em 1519 o explorador espanhol Hernando Cortes velejou ao continente Norte
Americano para achar a fama e fortuna. Junto com a companhia, ele trouxe cavalos
para ajudar seus homens a viajar por um mundo novo à procura de riquezas. De
acordo com o historiador espanhol Diaz del Castillo que viajou com a expedição, um
dos 16 cavalos de guerra que levaram Cortes e seus homens era um cavalo marromavermelhado
e branco com manchas em sua barriga. Esses cavalos cruzaram com os
cavalos nativos americanos "os Mustangs" e criou-se, o que hoje é chamado, "Paint
Horse".
No início de 1800, as planícies
ocidentais foram povoadas
generosamente por rebanhos de cavalos
selvagens, e nesses rebanhos incluíam o
cavalo manchado. Por causa da cor e
desempenho, os cavalos manchados se
tornaram favoritos dos índios
Americanos. A evidência deste
favoritismo é exibida por desenhos de
cavalos manchados achados nas
pinturas de búfalos que servem como registros para o Comanches.
Ao longo de 1800 até 1900, estes cavalos manchados foram chamados por uma
variedade de nomes: pinto, paint, skewbald, piebald. Em 1950, o primeiro grupo
dedicado a preservação do cavalo manchado foi organizada e criou-se em 1962 a "The
Pinto Horse Association". Um segundo grupo de entusiastas de cavalo manchados
organizou uma Associação, mas este grupo foi dedicado registrar reprodutores com
sangue de points, quarter horses e thoroughbreds, criando-se "American Paint Stock
Horse Association (APSHA)."

Quarto de Milha
Nome em inglês: Quarter Horse
Origem: Séculos XVIII - XIX - Estados Unidos
Temperamento: Linfático (warnblood)
Pelagem: As básicas.
Uso: Sela, lida, corridas e hipismo rural
Influências: Produto de cruza do Mustang com o PSI, descende do Andaluz também, ou
seja, possui sangue Berbere e Árabe em todas as suas origens.
Altura: entre 1,50 e 1,60 m
O quarto de milha é o primeiro de todos os cavalos americanos de raça,
é tido como "o mais popular do mundo". Mais de três milhões estão
registrados na American Quarter Horse Association, fundada em Fort
Worth em 1941.
Usualmente é harmoniosoamente troncudo, emsmo quando
especializado em corridas. A cabeçaé ampla com orelhas pequenas e
focinho estreito, após ganachas bastante largas. Não é recomendável
que tenha a cernelha proeminente. Sua grande característica é a
potência dos quartos traseiros, como glúteos fortemente desenvolvidos
sobre a garupa. Esta raça foi desenvolvida pelos norte-americanos
para a lida nos tempos da colonização e que se tornou excelente carreirista para
distâncias curtas além da inteligência e destreza para
provas funcionais.
A origem do seu nome - Quarto de Milha - vem do fato
dos vaqueiros, no término do seu trabalho, iam divertirse
sempre nas pequenas cidades e organizavam corridas
de cavalo pelas ruas principais, que, naquele tempo,
tinham em média dois quarteirões, isto é, uns 400 m de
comprimento... Na realidade, a musculatura do animal é
própria para uma violenta explosão de velocidade, mas
por pouca duração,sendo adequada ou para as corridas curtas ou para a agilidade e
equilíbrio demonstrados em provas de balizas e tambores.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


Site: http://www.saudeanimal.com.br/cavaraca2.htm

sábado, 21 de abril de 2012

Bovinos - RAÇAS ZEBUÍNAS

         NELORE

            O Nelore é essencialmente uma raça produtora de carne. Dentre as variedades trazidas da Índia, é a que vem sofrendo mais intensa seleção, tendo em vista a obtenção de novilhos para corte. Tem a seu favor uma boa conformação, cabeça pequena e leve, ossatura fina e leve, e alcança bom desenvolvimento. Como todo o Zebu, tem especial habilidade para o aproveitamento das forragens, mesmo grosseiras.É um gado muito vivo, ligeiro e manso, desde que convenientemente cuidado.
           
             Variedades da raça Nelore:
·         Nelore mocho: admitido no Registro desde 1969, veio a se tornar um dos mais importantes grupamentos, dentro das raças zebuínas, pelo contingente e pela qualidade do rebanho;
·         Nelore de Pelagem Vermelha e Amarela: conhecido desde os primórdios da seleção, foi admitido no Registro em 1984, havendo plantéis em vários Estados;
·         Nelore Malhado de Preto: igualmente com Registro desde 1984, vem há tempos sendo selecionado por pequeno número de criadores, com bons resultados.
             Padrão da raça:
·         pêlos curtos, finos e lisos que auxiliam na eliminação do calor;
·         pelagem branco-cinza, e a pele preta apresentam um conjunto de propriedades físicas de refletir, absorver, irradiar e filtrar as diversas radiações solares dos trópicos;
·         É um animal que possui bons aprumos, cascos e ligamentos firmes, umbigo curto, vergalho bem direcionado, com testículos largos, bem conformados e curtos. 




          GIR
     O gado Gir constituiu durante várias décadas o grupamento étnico mais numeroso mais valorizado dentro do rebanho Zebuíno brasileiro; Observa-se que das raças indianas, a Gir é a que apresenta os menores pesos ao nascer; É também muito utilizada em cruzamentos com a raça Holandesa preta e branca e com a Holandesa vermelho e branca, que dão origem a uma nova raça chamada Girolanda. Ainda possui uma linhagem para a produção de leite, denominada de Gir Leiteiro;
  
 Padrão da raça:
  •  Extremamente dócil, com aptidões para o leite e carne,
  • Caracteriza-se por apresentar perfil convexo e ultra-convexo, testa proeminente, com chifres laterais freqüentemente retorcidos,
  • Barbela desenvolvida e com pelagens das mais variadas, podendo apresentar pêlos brancos, vermelhos, amarelos e pretos em combinações muito variadas. 
        GUZERÁ
      Trata-se de um dos mais antigos tipos de gado Zebu asiático. Observou-se também que um de seus traços mais característicos, os chifres em lira, é encontrado em algumas variedades do Zebu africano, devido à remota infusão de seu sangue;
  • De dupla aptidão, tem leite com elevado teor de, seus chifres são utilizados para a fabricação de berrantes;

     Padrão da raça:
  • Sub-côncavo a retilíneo;
  • Orelhas Pendentes. Médias, relativamente largas e de pontas arredondadas;
  • Chifres desenvolvidos.simétricos.De seção circular ou elíptica,na base, dirigindo-se horizontalmente para fora ao sair do crânio, curvando-se para cima, em forma de lira, com as pontas voltadas para dentro e para trás;
  • Pelos Finos, curtos e sedosos e pele preta ou escura. solta, fina e flexível e rósea nas partes sombreadas. 

          BRAHMAN
      Origem nos Estados Unidos, o gado de origem indiana recebe o nome de Brahman. É o resultado do cruzamento das raças Nelore, Guzerá, Gir, Valley e Sindi,a despreocupação do criador americano em relação à raça, visando uma melhor seleção econômica, levou o gado Brahman a ser uma mescla de raças indianas altamente produtiva;
          Padrão da raça:
  • É um gado exclusivamente dedicado à produção de carne,
  • Apropriado para cruzamentos com as raças européias. As raças Santa Gertrudis, Braford e Brangus originaram-se desses cruzamentos;
  • Tamanho intermediário entre as raças de corte. Os touros pesam geralmente de 720 a 990 quilos e as vacas de 450 a 630 quilos.
  • Os bezerros são pequenos no nascimento, pesando de 30 a 40 quilos;
  • As cores predominantes no Brahman têm tonalidades cinza claro, vermelho e preto. 

Tabapuã

O tabapuã vem sendo criado com sucesso em quase todos os Estados do Brasil. É a raça zebuína que mais cresceu nos últimos 10 anos, tanto nos registros genealógicos de nascimento (RGNs), como também nos registros genealógicos definitivos (RGDs), mostrando que os criadores estão realmente satisfeitos com o desempenho da raça atualmente considerada como uma das melhores para produção de carne em menor tempo, fazendo jus ao título de "O Zebu Mais Precoce".

Existe várias qualidades para esses animais, tais como a docilidade, fertilidade, precocidade reprodutiva, boa conformação frigorífica e uma excelente habilidade materna, ou seja, vacas precoces, férteis e amorosas que criam bem os seus bezerros, os quais atingem melhores pesos na desmama dentre todas as raças zebuínas. É altamente produtivo no regime de confinamento e de semiconfinamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhAIAG/racas-bovinos

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Raças da Cunicultura


     Raça é um conjunto de indivíduos da mesma espécie com características comuns e que nas mesmas condições de seus genitores, as proles adquirem as mesmas características. Grande parte das raças provém de mutações, sem atuação do homem, passando este a selecionar os melhores animais, oriundos das mutações. Alguns exemplos disso são as raças Angorá e Castor rex. O homem também selecionou animais comuns, ressaltando características naturais e desejáveis, como é o caso da raça Gigante de Flandres.
      Outro método é cruzar animais puros, geralmente machos com fêmeas comuns, sendo um nativo e o outro introduzido na região, gerando animais mestiços e, portanto, mais rústicos. Após este método cruzam-se os mestiços entre si, aumentando suas características desejáveis, embora apresentem o problema da consangüinidade. É o caso da raça Gigante espanhol.
      No cruzamento entre raças puras, aumenta-se as características desejáveis ao produtor, um exemplo deste método é a raça Gigante de Bouscat.
Outros procedimentos geraram animais de pouco valor econômico, é o caso das raças anãs, que pela aparência estética são usados como animais de estimação ou na prática de esportes de caça.

 CLASSIFICAÇÃO DAS RAÇAS

As raças podem ser classificadas quanto ao tamanho ou peso ou quanto à sua aptidão. Quanto ao tamanho ou peso, elas se dividem em raças gigantes, raças médias, raças pequenas e raças anãs. Essa classificação é a mais usada, porém no presente trabalho se dará ênfase à classificação quanto à aptidão, que pode ser: carne, pele, pêlo.
Quanto ao peso ou tamanho as raças são classificadas em:
a) Raças grandes ou gigantes - nas quais os coelhos adultos atingem, no mínimo, 5 kg. Há citações de coelhos gigantes brancos de Flandres com 9, 10 ou mais quilos. Exemplos dessa raça são: Gigante de Flandres Branco e suas variedades parda, negra, areia, etc., Gigante de Bouscat, Gigante Borboleta Francês, etc.
b) Raças médias - os coelhos dessas raças pesam de 3,5 a 5  kg. Este é o mais importante grupo de raças, pois a ele pertencem as chamadas raças industriais ou econômicas. Mais criadas por serem precoces, resistentes e as que se reproduzem com mais facilidade e rapidez, dando maiores lucros. Entre elas destacam-se: Branco da Nova Zelândia, Vermelho da Nova Zelândia, Califórnia e Chinchila, sendo que esta última produz uma das mais belas peles, imitação da pele da Chinchila lanígera, pequeno roedor originário dos Andes e que já é raro em estado selvagem, mas bastante criado em cativeiro e cujas peles alcançam elevados preços.

c) Raças pequenas - Quando os coelhos atingem 1,5kg a 3,5kg. Essas raças, devido ao seu pequeno tamanho, são de baixo rendimento, não interessando para criações industriais. Nesse grupo está a raça Negro-e-Fogo, cuja criação comercial compensa por produzir uma bela e excelente pele, cuja característica, além de sua cor típica, é possuir um brilho intensa:dade de produçdiscutir as principais raças de coelhos utilizadas nas criaç. Apesar do tamanho reduzido, apresenta, relativamente, um bom rendimento em carnes.
d) Raças Anãs ou mini-coelhos - seus representantes atingem menos de 1,5kg. Estão neste grupo, entre outras, as raças polonesa e a raça hermelin. São criadas por hobby, como animais de estimação. Não são economicamente viáveis para a produção de carne. Nos últimos anos, com o crescimento do mercado de animais de estimação, tanto no Brasil quanto nos principais países do mundo, a criação desses pequenos coelhos passou a ser bastante interessante, principalmente para a comercialização direta em petshops.

Quanto à produção pode-se classificar as raças em:
a) Carne - todas as raças produzem carne de boa qualidade e, exceto as raças pequenas, em quantidade satisfatória. As mais utilizadas para esse fim são as raças médias, embora as gigantes também sejam consideradas boas para corte. Como exemplo temos: Branco da Nova Zelândia, Vermelho da Nova Zelândia, Califórnia, Chinchila, Gigante de Flandres Branco e Gigante de Bouscat.
b) Pele - de um modo geral, toda pele em bom estado pode ser aproveitada para a indústria. Existem, no entanto, algumas raças que se destacam pela qualidade ou beleza de suas peles. Como exemplo, temos as raças Chinchila, Castor-Rex, Polonesa (cuja pele é uma ótima imitação da pele do arminho), Negro-e-Fogo e Prateado de Champagne.
c) Lã ou pêlo - indiscutivelmente é a raça Angorá a que melhor lã produz e que apresenta o melhor rendimento. No Brasil, a produção de lã de coelho Angorá é mais desenvolvida na região Sul, devido ao clima mais ameno, propício para a criação desta raça.

 PRINCIPAIS Raças de coelhos para carne

A raça tem grande influência na produção de carne. Embora produzam em maior quantidade, as raças gigantes dão menores rendimentos líquidos e sua carne é de qualidade inferior à das raças médias e pequenas.
O sexo influi, não só na quantidade, mas também na qualidade da carne produzida pois, embora no começo do período de desenvolvimento não haja muita diferença entre fêmeas e machos, com a idade vai aumentando a diferença. As fêmeas dão maior rendimento do que os machos porque o esqueleto, órgãos internos e peles dos machos são relativamente mais pesados. Segundo alguns autores, esta diferença pode atingir 15%.
No que diz respeito à idade, quanto mais velho for o coelho, maior o rendimento em carne e mais firme ela se torna.
As raças precoces são as que produzem relativamente maior quantidade de carne em menor tempo, por ser muito grande o seu poder de assimilação de alimentos ou conversão alimentar.
Estudos demonstram que o maior rendimento é obtido quando o coelho está com 2 anos de idade, mas sua carne perde em qualidade e o seu preço de custo é bem maior, não compensando financeiramente.
A qualidade e quantidade de alimentos fornecidos aos animais, principalmente no último mês e a técnica de abate têm grande influência, tanto na quantidade, quanto na qualidade da carne obtida.
As principais raças de coelhos para produção de carne são:

1. Nova Zelândia
Desenvolvida nos Estados Unidos, é a mais criada no Brasil e no mundo, sobretudo a variedade branca. Há também a vermelha e a preta. É de porte médio, precoce, com grande aptidão para a produção de carne e também pele. O seu peso máximo oscila entre 4,5 Kg para fêmeas e 5 Kg para machos.
É prolífera, precoce, rústica, de excelente carcaça e pele de média categoria, bem aproveitável. As fêmeas são mansas e boas criadeiras (as brancas são melhores que as vermelhas).
Os láparos atingem 1,8-2,0 Kg com 8-10 semanas, quando podem ser abatidos para o consumo.   

2. Califórnia
Raça americana para carne e pele, surgiu de cruzamentos com a Nova Zelândia e a Chinchila.
Seu peso pode chegar a 4 kg nos machos e 4,5 kg nas fêmeas. Tem um aspecto geral harmonioso e uma ótima pele de pêlos branco-gelo, macios, sedosos e brilhantes. Possuem as extremidades (focinho orelhas, patas e cauda) escuras (quanto mais escura, melhor, sendo ideal a cor preta). É considerada uma das melhores raças, criada em todo o mundo.
O Californiano está ganhando cada vez mais reputação como excelente coelho de dupla utilidade: ótima pele branca, como ideal para corte, carne fina, precoce, boas qualidades de criação, quer em estado puro, quer para cruzamentos industriais, particularmente com o Nova Zelândia Branco. No Brasil, apesar de introduzido recentemente, o número de criadores vem aumentando progressivamente, como acontece em outros países.
Os animais dessa raça têm pouca gordura, são volumosos e apresentam boa distribuição da massa muscular.

3 Gigante de Bouscat
 Desenvolvida na França, foi obtida a partir de cruzamentos de outras raças gigantes com a Angorá, razão pela qual tem pêlos mais compridos do que a maioria dos coelhos. Tem bom rendimento de carcaça e pesa até 7 Kg.
Sua aptidão é para carne e para pêlos.
De cor branca, suas orelhas chegam a atingir de 15 a 18 cm de comprimento. Só as fêmeas possuem papada, que é uma prega localizada no pescoço.

4 Azul de Viena

Originário da Áustria, o coelho Azul de Viena é uma das raças de porte médio mais populares, provavelmente por preencher satisfatoriamente os requisitos de dupla utilidade: carne e pele. Foi obtido por J. K. Schultz, em 1893 (em Viena), supostamente como resultado de cruzamentos de coelhos gigantes preto e amarelo. É bem conhecido no Brasil.
Pesa de 3,5 a 5,5 Kg quando adulto, ou 4,5 Kg em média. Pelagem de coloração azul escuro, uniformemente distribuída na parte superior do corpo, descobrindo-se para as extremidades e ventre, que é claro.
As tonalidades marrom, preta e clara são indesejáveis, assim como a presença de pêlos brancos. Os pêlos são de comprimento uniforme, lisos, macios e brilhantes, mesmo no ventre.
É esta uma das raças mais rústicas e fáceis de criar, prestando-se tanto para a produção de carne, com boa carcaça, como para a produção de peles, que, embora não imitem a de qualquer outro animal prolífero, é muito bonita, para a confecção de agasalhos. Para este fim, é necessário dedicar muita atenção à seleção evitando a reprodução de animais com defeitos graves de pelagem, principalmente a presença de "ferrugem", muito comum. O excesso de luz, falta de limpeza das gaiolas e a idade, contribuem para o agravamento deste defeito.

5 Gigante de Flandres

De origem belga, seu tamanho e peso foram obtidos depois de longa e constante seleção, aliada à consangüinidade e à superalimentação. É a raça de maior porte e chega a ultrapassar os 10 Kg de peso. Apresenta variedades de cores como a parda, a negra, a areia, sendo a branca a mais comum.
Quando jovem, dá carne de qualidade razoável e pele grande, apesar dos pêlos não serem tão densos como noutras raças.
É criado em todos os países cunicultores em grande escala. No Brasil é uma das raças mais conhecidas tanto pelos amadores, como pelos profissionais.
Peso quando adultos, de 6 a 10 Kg. Os animais com menos de 5 Kg com um ano, ou de pesos exagerados devem ser eliminados. Comprimento de 80 a 100 cm, 90 em média, tomado da ponta do focinho à ponta da cauda. A fêmea é maior.
O pêlo é fino, liso, de comprimento variável, segundo a variedade, preferivelmente denso e curto. Há duas cores típicas na raça, a cinza de lebre e a cinza do coelho bravo (acastanhado), ambos com o ventre, parte inferior da cauda e pés brancos. Muitas variedades foram formadas posteriormente pelo cruzamento com outras raças: Negra de olho róseo, Azul-prateada, Azul-afogueada, Branca-afogueada, Branca de olho escuro e de olho róseo. Não se admitem barras negras ou brancas nos pés e mios nas variedades coloridas, porém não constituem defeitos pêlos brancos disseminados nessas regiões.
            É considerada uma das melhores raças para carne e uma das mais populares no Brasil. A carne dos animais adultos é inferior, mole e muito gordurosa, devendo ser os animais sacrificados antes de completarem um ano.
As coelhas são pouco prolíficas, dando de 4 a 7 láparos por parição. Devem ser cobertas aos 6 meses, porém os machos só devem cobrir a partir de um ano de idade. Os láparos são delicados e muito sensíveis à umidade.
Os coelhos Gigantes sofrem mais com o calor excessivo do que os das raças menores, de maneira que devem ser bem protegidos. É uma raça indicada para criações em pequena escala, de amadores, e, na criação industrial, usada somente nos cruzamentos de compensação.

6 Borboleta Francês



Rústico, precoce, de fácil engorda, atingindo 2 kg com 4 meses de idade. É bom produtor de carne de boa qualidade e atinge de 5 a 6 kg quando adulto. Sua pele não é muito valorizada, pois possui marcas, não prestando às imitações.








7. Belier
A principal característica dessa raça são as orelhas, que chegam a medir 60 cm de comprimento e são caídas, dando um certo charme. Pode ser do tipo Francês e Inglês. O Francês é obtido pelo cruzamento do Belier Inglês com o Gigante de Flandes e coelho Normando. O Inglês é considerado uma raça fantasia.
É um animal rústico e prolífico. É mais tardio, atingindo a idade adulta aos 14 meses. As coelhas são boas criadeiras, os láparos são fáceis de criar, e atingem de 5 a 7 kg quando adultos. É considerado produtor de carne atingindo, em média, 6 kg de peso.

 PRINCIPAIS Raças de coelhos para PELE

No caso específico da pele, os animais destinados ao abate devem apresentar um bom estado de pelagem e não se deve abater animais em processo de muda, porque as peles soltam os pêlos quando estão curtidas.
Quanto mais velho o animal (animais adultos acima de 5 meses), melhor a qualidade da pele. Esse fator constitui um problema de exploração para pele, em relação à exploração do coelho para carne.
Logo que retirada do animal, a pele deve ser limpa, isto é, retirada toda a gordura ou pedaços de carne a ela aderidos. Para a sua conservação, há duas maneiras:
- Colocá-la imediatamente em uma câmara frigorífica, em um congelador de geladeira doméstica ou mesmo em um freezer, onde pode ser mantida até a sua remessa para venda ou a um curtume, para curtimento.
- Colocá-la para secar, o mais rapidamente possível, o que pode ser feito de duas maneiras: ou fechada, em bolsa ou luva ou, então, aberta.
Para que uma pele tenha o seu valor de mercado garantido, é muito importante que sejam adotados métodos de conservação e que o curtimento seja bem executado. Uma pele mal conservada acaba perdendo totalmente o seu valor de venda ou, pelo menos, sofrendo uma grande depreciação.
O couro das peles é curtido e utilizado para confecção de sapatos, malas, luvas, etc. É um produto de excelente qualidade, tendo uma flexibilidade semelhante ao couro de cabra.
A seguir encontram-se as principais raças de coelhos utilizados, especialmente, na produção de pele:

1 Chinchila

Raça originária da França, de nível médio, pesando em média 4,0 Kg machos e 4,5 Kg fêmeas. O pêlo é constituído de três cores: base cinzenta, médio branca e a ponta preta, que dá a impressão de um conjunto cinzento, mais claro ou mais escuro.
O coelho chinchila vem ganhando espaço na cunicultura por apresentar boa aptidão para a produção de carne e, principalmente, de peles, além de responder muito bem a cruzamentos industriais, principalmente com a raça Nova Zelândia Branco, produzindo coelhos precoces.
Foi a raça que melhor se adaptou ao Brasil, sendo considerada uma das melhores, por sua resistência física, precocidade e prolificidade.

2. Castor-Rex

A raça Rex (rei dos coelhos) foi criada em 1919, na França, por Caillon, separando um casal de láparos que tinha nascido com "pêlo de rato" e fazendo-os reproduzir. Foi reconhecida como raça a partir de 1924, e era, a princípio, tido como um coelho muito fraco e de difícil criação. Os primeiros coelhos eram de cor de castor, de onde derivou o nome de Castor-Rex.
Mais tarde foi cruzado com numerosas raças e obtiveram-se coelhos Rex de todas as cores possíveis. Os mais estimados são Castor Rex escuro, Castorrex castanho ou Havano, Castorrex azul ou' Lince Rex, Negro ou Lontra Rex, Alasca Rex, Arminho Rex, Azul Rex, Chinchila Rex, Nutria Rex, Topo Rex, Lilás Rex, Branca Rex, etc. Após esses cruzamentos para obtenção das variedades, verificou-se que esses coelhos não eram tão difíceis de criar. Provavelmente isto fora verdade nos primeiros exemplares da raça, devido à consangüinidade, mas o vigor foi restabelecido nos cruzamentos com outras raças.
            Hoje é considerada uma das melhores raças de coelho de dupla utilidade, produzindo as melhores peles e carne muito fina.
Seu peso é de 3 a 4 Kg, chega a idade adulta ao 5 meses.  Pelagem finíssima, com ausência aparentemente completa de pêlos cáprios, de aspecto lanoso-aveludado, semelhante ao da lontra, porém mais fino e curto. Quanto mais curto for o pêlo, melhor (1,3 mm), admitindo-se até 1,6 mm de comprimento no meio do dorso. Quando os pêlos são mais longos, as peles tem pouco valor. O pêlo é denso, com bastante brilho.
A cor do "Castor-Rex" vai do vermelho escuro até o acaju escuro, preferindo-se geralmente os tons mais escuros, que se aproxima da cor do castor. A cor é centrífuga e vai clareando para o ventre, a que é branco ou cinza muito claro. As coxas são às vezes um pouco acinzentadas.
O "Havana-Rex" deriva do cruzamento com fêmeas Havanas, tem a cor do castor, porém de maneira uniforme. Toda a pele pode ser aproveitada. Não deve ter pêlos brancos.
O "Lontra-Rex" tem o fundo do pêlo cinzento e reflexos avermelhados. O ventre tem uma faixa cinza.
O "Chinchila-Rex" tem a cor do Chinchila, às vezes com um tom acastanhado e o ventre com faixa branca.
O "Azul-Rex", derivado do Azul de Beveren e de Viena, tem os pêlos cinzentos muito claros na base, aveludados e brilhantes.
O "Negro-Rex", proveniente de raças negras, tem pêlos muito brilhantes.
O "Branco-Rex", branco uniforme, foi obtido do cruzamento com Branco de Viena, de Bouscat e da Vendéa. Pode-se utilizar a pele inteira.
O "Arminho-Rex", derivado do Polaco, dá peles pequenas, porém com pêlos muito finos, sedosos e brilhantes.
Existem ainda numerosas variedades menos comuns, mas igualmente valiosas, tais como a "Rosa-Rex", a "Gris-Perle", a "Cor-de-fogo", a "Laranja", a "Zibelina", a "Fuinha" etc.
As peles dos Rex, quando uniformes e de cores definidas, possuem grande valor, por este motivo devem constituir o objetivo principal da criação e da seleção. Não obstante, como o tamanho da pele também a valoriza, deve-se evitar a degenerescência no peso. Sua carne não é inferior à dos demais coelhos, excelente em algumas variedades e, embora valha menos que a pele, os Rex devem ser considerados mistos: para a pele e carne.

3 Prateado de Champagne
            De origem desconhecida, rústico, precoce, fácil de criar. Sua carne é de ótima qualidade e a pele serve para fazer muitas imitações, por isso muito valorizada. Não devem ser muito claros, pois perdem bastante valor.




4. Negro e Fogo
De tamanho pequeno, sendo muito bonito devido à sua pelagem. É uma raça fantasia ou esportiva, cuja carne é de ótima qualidade. A pele é de grande valor devido ao brilho muito intenso.
É precoce e rústico e as fêmeas são boas criadeiras (5 a 6 láparos). A pelagem é de duas cores, sendo uma negra aveludada muito intensa e a outra cor de fogo com tonalidade vermelho-cobre, pura e sem mistura alguma de outras cores. Pode apresentar variedades (Azul e Fogo, Havana e Fogo, e Prateado e Fogo).

5. Polonesa
É a menor de todas as raças de coelhos, sendo a mais bonita entre as raças brancas, imitando perfeitamente a pele do arminho, um pequeno animal cuja pele é muito valorizada para comercialização.
A carne é de ótima qualidade, mas produzida em pequena quantidade. O peso é de aproximadamente 1,5 kg. É um animal delicado, sofre bastante com altas temperaturas e frio intenso.
As fêmeas são prolíferas e boas criadeiras.
O principal inconveniente dessa raça é o tamanho pequeno, pois produz ótima carne e uma pele de grande valor, sendo mesmo uma das mais valorizadas entre as produzidas pelos coelhos.


 PRINCIPAIS Raças de coelhos para PÊLO

Os pêlos das peles utilizadas para fabricação de couro são destinados à confecção de feltros para usos variados, como a fabricação de chapéus, entre outros.
A principal raça de coelhos para produção de pêlos é a Angorá:

1. Angorá
É freqüente referirem-se a esta raça como proveniente de Angorá, Turquia asiática, onde se diz ser antiga sua criação. Não se sabe ao certo quando e onde se deu a mutação que originou o coelho Angorá, entretanto seu nome deve ter-se originado apenas na semelhança com a raça de cabras de Angorá.
Distingue-se das demais raças da espécie por ser a mais importante produtora de pêlos. No entanto, é considerada de tríplice utilidade: lã, carne e pele.
Apresenta diferentes tamanhos e variedades, a pequena, é a branca (cor  primitiva), porém as variedades mais estimadas são hoje as negra pura, azul-escura, havana e siberiana (branca com malhas típicas do russo).
O pêlo longo e sedoso, que se destina à fiação, é obtido por depilação dos animais vivos. Penteiam-se os animais cada 15 dias (começando quando tem um mês a um mês e meio de idade, geralmente na desmama), com uma escova de cerdas rijas ou pente grosso. A colheita de pêlos é feita por arranque, quando estão "maduros" (soltam) o que pode acontecer na oitava semana. As primeiras colheitas são inferiores e o produto não deve ser misturado com o dos animais idosos. O segundo arranque é feito 60 dias depois do primeiro, o terceiro, 70, o quarto com 80 dias de intervalo e daí por diante, cada três meses. Os coelhos não ficam completamente pelados, pois conservam os pelos curtos.
O arranque obedece a uma técnica especial. Primeiro passa-se o pente para alisar, depois, segurando-se com a mão esquerda a pele, puxam-se os pêlos mais compridos, perpendicularmente ou segundo a inclinação dos pêlos (conforme a região), deixando os da cabeça, cauda e patas e os mais curtos do corpo. Os animais depilados são então reunidos em grupos pequenos com cama abundante para se aquecerem. Os pêlos são guardados em caixas, sem compressão, para evitar seu emaranhamento.
O peso varia entre 1,5 a 4 Kg, dependendo da variedade, e atinge a idade adulta aos 6 meses.
O pêlo deve ser tão comprido quanto possível (de 12 a 18 cm), fino, liso, sedoso, denso, suave ao tato, não permitindo ver-se porção alguma da pele. A cor é de acordo com as variedades, uniforme, salvo na Siberiana. O pêlo não deve ser emaranhado, sujo, ralo, grosso, lanoso, maltinto, malhado, nem devem faltar os tufos característicos.
A produção de pêlos no primeiro ano atinge 200g e nos anos seguintes 300g por cabeça, havendo exemplares excepcionais, que chegam a produzir 600g.
Pesquisas demonstram que os pêlos dos coelhos Angorás são dez vezes mais isolantes que os fios de lã de carneiro, apresentando, ainda, elevado índice de impermeabilidade e menor peso específico.
Os Angorás são coelhos rústicos, muito mansos e sociáveis, sentindo prazer em serem penteados. As coelhas são prolíficas, dando 7 a 8 láparos por parição, os quais nascem nus e com a cabeça muito grande. Entre o 4º e o 8º dias, conforme o calor, nascem os pêlos que crescem rapidamente. A primeira muda se faz aos 3 meses, porém convém pentear desde a desmama.
Para conservarem as excelentes características de seu pêlo devem ser mantidos em gaiolas escuras, quentes e sem correntes de ar. Há criadores que os criam principalmente para carne, sem se preocuparem muito em cuidar dos pêlos, outros destinam as peles ao curtimento, sacrificando os animais depois da muda de inverno. Essas peles se destinam a confecção de abrigos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha da raça é um fator muito importante para o sucesso de uma criação. Por isso, antes de iniciar uma criação, devem ser levados em consideração dois pontos muito importantes: qual o produto desejado e qual a raça mais indicada para produzí-lo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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