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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

De que fator depende a cor do ovo da galinha?

A cor da casca do ovo é uma característica genética ligada à raça da galinha. As aves de plumagem branca colocam ovos brancos, enquanto as vermelhas (ou amarronzadas) põem ovos nesses tons. "A origem do pigmento não é conhecida, mas os cientistas acreditam que ele provenha de células presentes no útero, órgão em que é formada a casca", diz o médico-veterinário Ismar Araújo de Moraes, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ao contrário do que muita gente pensa, a cor da casca do ovo não tem nada a ver com a alimentação que a galinha consome - a dieta da ave só influencia a coloração da gema. Do ponto de vista nutricional, não há diferença entre os ovos brancos e os vermelhos. Ambos são igualmente ricos em proteínas, vitaminas e sais minerais e contêm por volta de 220 miligramas de colesterol. A diferença de preço entre eles - os vermelhos são normalmente mais caros - é determinada pelo mercado, já que eles são mais procurados pelos consumidores, que acreditam, erradamente, que os ovos escuros têm mais vitaminas na gema.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Melhoramento Animal



1) Qual o número de anos de permanência do touro no rebanho?

Considerando o manejo, o touro não deve servir suas filhas. O tempo mínimo de sua permanência deve ser o número de anos necessários para que ele seja avaliado. Quanto ao tempo máximo, deve-se respeitar a possibilidade de ser substituído por outro superior a ele. 


2) Qual a importância do "Sumário de Touros", publicado pelo Ministério da Agricultura com a participação da EMBRAPA e ABCZ?

A publicação "Sumário de Touros" deve ser considerada como um instrumento auxiliar para a seleção, uma vez que considera somente as características do ponderal. É de grande importância, pois traz avaliações de touros, para características produtivas, que não estavam disponíveis até então, possibilitando uma seleção que não seja baseada somente em caracteres subjetivos. 


3) Como se faz a "Prova de Touros"?

Provar ou testar um touro é avaliá-lo quanto ao seu potencial genético, o que geralmente é feito em relação a outros touros. Normalmente, a prova é realizada com base no próprio desempenho (testes de performance) ou no desempenho de seus produtos (teste de progênie). 


4) Qual o significado do registro genealógico para o melhoramento das raças de gado de corte?

O principal objetivo do registro genealógico é possibilitar o fornecimento de pedigrees corretos e confiáveis por parte das associações de criadores. Para o melhoramento, é importante quando são realizados testes que levam em conta informações de parentes.


5) Qual a melhor idade para a seleção de novilhas de corte: na desmama, aos 18 meses ou aos dois anos?

A seleção de novilhas de corte deve ser feita após o diagnóstico de prenhez, de acordo com o sistema de produção, descartando-se as vazias e, dentre as cheias, aquelas de menor precocidade.


6) Quais os critérios de seleção de novilhas para a reprodução?

O principal critério de seleção para novilhas deve ser sua condição, prenha ou não, após o primeiro toque. Em seguida, devem ser consideradas sua precocidade e a habilidade materna de sua mãe. Por fim, deve ser considerada sua própria habilidade materna ao desmamar a primeira cria.


7) A eficiência reprodutiva é mais influenciada pela herança ou pelo ambiente?

Pelo meio ambiente. De maneira geral, as características reprodutivas, excluindo as relacionadas com o desenvolvimento, têm baixa herdabilidade. Mesmo assim, as fêmeas com baixa eficiência reprodutiva não devem ser retidas no rebanho, pois causam grande prejuízo econômico.


8) Que orientação adotar na seleção de rebanhos de corte?

Ao selecionar o rebanho para produção de carne, o criador deve ter sempre em mente que, se ele está vendendo valor genético, seu cliente vende carne. Dessa forma, o selecionador deve escolher aqueles animais que, no rebanho do produtor de carne, propiciarão maior quantidade de quilogramas de carne por área, em menor espaço de tempo. Ou seja, devem ser objeto de seleção: a maior precocidade sexual, a maior natalidade, a menor mortalidade, os maiores ganhos pré e pós-desmama, e, também de grande importância, a conformação e a musculosidade. Igualmente, deve ser observada a rusticidade do animal: sua capacidade de adaptação às condições do sistema de produção.


9) O que é mais importante para o aumento de produção do gado de corte: o melhoramento genético ou a melhoria da alimentação e do manejo sanitário?

Os três itens são extremamente importantes para que sejam obtidas melhorias de produção e produtividade. De modo geral, a melhoria do potencial genético do rebanho deve ser acompanhada de melhorias de alimentação, do manejo em geral e de manejo sanitário. Entretanto, é importante ressaltar que as melhorias genéticas são cumulativas.


10) Como se avalia o progresso genético de um rebanho?

O progresso genético é influenciado pela herdabilidade da característica selecionada, pelo diferencial de seleção e pelo intervalo entre gerações. Ele pode ser medido calculando-se, ano a ano, o mérito genético médio dos indivíduos geneticamente ativos no rebanho. Com base nas diferenças entre eles, obtém-se uma estimativa do progresso genético.


11) O que é DEP e qual sua importância para o melhoramento genético do rebanho?

A DEP (Diferença Esperada de Progênie) é um importante instrumento de melhoramento genético. É usada para comparar o mérito genético de reprodutores, de uma mesma raça, quanto a características de interesse zootécnico, como peso a desmama. Quanto maior for o valor da DEP para uma determinada característica, maior será a capacidade genética do reprodutor de transmitir essa característica genética a sua progênie. Com o conhecimento das DEP’s, o criador pode escolher os touros que tenham condições de contribuir para o melhoramento genético de seu rebanho.


12) A DEP de um animal pode mudar?

A DEP é uma medida relativa e pode mudar com o acréscimo de novas informações, o que não invalida seu uso como instrumento de melhoramento genético. Quanto maior o número de informações usadas no cálculo da DEP, maior será sua confiabilidade.


13) Qual a orientação, em termos de raça, cruzamento e alimentação, para produzir novilhos precoces?

De acordo com os parâmetros exigidos para a classificação do animal como novilho precoce, não há, em princípio, restrição quanto a raça ou a cruzamento. A condição básica quanto ao grupo genético é que sejam animais de boa qualidade e com bom potencial para ganho de peso. A alimentação é de importância fundamental, havendo necessidade que ela seja de boa qualidade (pode ser uma boa pastagem manejada adequadamente). Os cuidados sanitários também são importantes. 


14) Quais os limites de peso e idade para se classificar um animal como novilho precoce?

Os limites de peso e idade impostos ao novilho precoce variam de um estado para outro. No entanto, com a expansão que vem sendo observada nos programas de novilho precoce, esses limites tenderão a se concentrar em 15 arrobas de carcaça (225 kg) para machos e 12 arrobas (180 kg) para fêmeas, com idade até 30 meses.


15) Em programas de cruzamentos, as fêmeas meio-sangue devem ser destinadas ao abate ou à reprodução?

Um dos grandes benefícios do cruzamento é o impacto do vigor híbrido ou heterose sobre a produção da fase de cria, ou seja, sobre quilogramas de bezerros desmamados/vaca exposta. Assim, é interessante utilizar as fêmeas meio-sangue para reprodução. No entanto, isso vai depender do sistema de produção, em termos de manejo, alimentação, nível gerencial, manejo sanitário, e do próprio objetivo do empreendimento, sem esquecer o ambiente e a exigência do mercado. 


16) Que touro (europeu ou zebu) deve ser usado sobre novilhas meio sangue?

A escolha do touro (europeu ou zebu) deve levar em conta as ponderações feitas na questão anterior. Se o sistema de criação a ser adotado para os descendentes for intensivo, para abate aos 18-20 meses de idade, pode-se usar touro europeu, pela inseminação artificial. Caso contrário, recomenda-se touro zebu, com boa capacidade de imprimir velocidade de crescimento a seus descendentes.


17) Por que o gado europeu não manifesta seu potencial genético para produção em climas quentes?

As regiões tropicais e subtropicais são caracterizadas pela ocorrência de parasitos, altas temperaturas e radiação. As forrageiras dessas regiões, em sua grande maioria, são de baixa qualidade e apresentam variação sazonal acentuada, tanto em quantidade quanto em qualidade. A ação desses fatores, em conjunto ou isoladamente, prejudicam e impedem animais de raças européias de atingir seu potencial genético, pois esses animais não são adaptados. À medida que se selecionam indivíduos para maior produção, há uma redução de sua rusticidade. Assim, aumentar o potencial genético para produção implica, em algum grau, na diminuição de rusticidade. Por isso, o que deve ser buscado é a adequação do potencial genético ao ambiente geral do sistema de produção.


18) Quais as raças européias recomendadas para cruzamento com o Nelore: raças grandes ou pequenas?

A escolha da raça a ser utilizada no cruzamento com o zebu deve ser feita após uma avaliação dos objetivos do empreendimento, do sistema de produção que se pretende implantar e do mercado e de suas exigências. No entanto, é importante ressaltar que animais de grande porte produzirão fêmeas grandes que, como tal, apresentam maior exigência de energia para mantença.


19) O grau de sangue tem influência na fertilidade do rebanho?

O cruzamento tem-se mostrado uma alternativa para aumento da produção de carne, tanto pelo incremento de peso quanto pelo aumento da taxa de desmama. No entanto, tanto um quanto outro são influenciados pelo grau de sangue. Nas nossas condições, se cuidados não forem tomados, à medida que se aumenta a participação de sangue europeu, haverá diminuição de desempenho.


20) Qual a diferença entre se cruzar touro europeu com vacas Nelore e o inverso?

Além das diferenças genéticas aditivas, pode haver diferenças induzidas pelo feto (efeito do pai do feto), e efeitos citoplasmáticos de origem materna.


21) A raça Tabapuã é mais pesada do que as outras raças zebuínas?

A raça zebuína que alcança maiores pesos para qualquer idade-padrão é a Indubrasil. A Tabapuã está no mesmo patamar da Nelore. Esta avaliação é feita em termos médios, podendo ser encontrados animais de uma dada raça que suplantem o esperado de outra. 


22) Quais as vantagens de se criarem animais mochos?

As principais vantagens de se criarem animais mochos são, em resumo: maior uniformidade do rebanho; convívio mais amistoso, implicando menores perdas por traumatismo; menor espaço em instalações, currais e cochos e no transporte (vagões e caminhões boiadeiros).


Referência Bibliográfica:
http://www.sct.embrapa.br/500p500r/Topico.asp?CodigoProduto=00013710&CodigoCapitulo=20

sábado, 15 de setembro de 2012

Criação de Bezerros


1) Quais os cuidados que devem ser dispensados aos bezerros recém-nascidos?

Os seguintes cuidados devem ser adotados:
· cortar e desinfetar o umbigo com solução de álcool iodado a 10% ou outro produto comercial;
· verificar se o bezerro consegue mamar normalmente. No caso de vacas de tetas grandes, é necessário ajudar o recém-nascido nas primeiras mamadas e depois esgotar o úbere da vaca. É indispensável que o bezerro mame o colostro; 
· manter os bezerros em pasto-maternidade, durante a primeira semana de vida, para facilitar a assistência; 
· evitar a movimentação de bezerros novos, junto com animais adultos, em porteiras e bretes; 
· observar a ocorrência de diarréias e tratá-las imediatamente.

2) Quais as principais causas de mortalidade de bezerros? Qual é a importância do tratamento do umbigo dos bezerros?

As principais causas são: infecções, provocadas principalmente pelo não tratamento correto do umbigo; a diarréia-branca, provocada por consumo excessivo de leite; a diarréia-preta, causada por bactérias; piroplasmose e anaplasmose, doenças transmitidas pelos carrapatos. O tratamento do umbigo é importante porque ele é "porta de entrada" para os agentes causadores de várias doenças. A infecção deve ser evitada por meio de "corte e cura" adequados. Após a instalação da infecção, além do maior custo do tratamento, há um comprometimento do desenvolvimento normal do animal.

3) Como substituir o colostro para bezerros criados guaxos (bezerros órfãos ou enjeitados pela mãe)?

Não existe produto capaz de substituir o colostro com a mesma eficiência. Os substitutos do leite encontrados no mercado podem auxiliar na criação dos guaxos; porém, estes animais não terão o mesmo desenvolvimento daqueles que mamaram o colostro. 

4) Como criar bezerros saudáveis?

Devem ser adotados os seguintes procedimentos: 
• programar a estação de monta, de modo a evitar nascimentos no período de maior intensidade de chuvas. Animais nascidos nesse período sofrem mais estresse e ficam mais predispostos a doenças; 
• cortar o umbigo e desinfetá-lo (cura) no dia do nascimento; 
• assegurar que o bezerro mame o colostro; 
• descartar vacas de tetas grandes e aquelas que produzem pouco leite; 
• combater os ectoparasitas (berne, carrapatos e mosca-do-chifre); 
• evitar manejo intensivo em currais e bretes. 


5) Qual a vantagem e como fazer a desmama precoce?

A baixa taxa de natalidade é um dos principais problemas da criação extensiva de bovinos de corte. Em situações de escassez de forragem, a desmama precoce reduz o estresse da lactação, como também os requerimentos nutricionais da vaca, antecipando, assim, o restabelecimento da atividade reprodutiva. Como a lactação tem prioridade por nutrientes, em relação ao ciclo estral, vacas secas requerem 40 a 60% menos forragem do que vacas lactantes. A separação do bezerro 3 meses após seu nascimento permite que a desmama ocorra ainda dentro da estação de monta, aumentando, assim, as chances de concepção.
6) Que cuidados especiais devem ser adotados para com os bezerros, quando se utiliza a desmama precoce?

Devem ser adotadas as seguintes práticas: 
· usar creep-grazing (pasto especial, com acesso somente aos bezerros), ou creep-feeding (cocho com ração especial, com acesso somente aos bezerros), por meio dos quais os bezerros se acostumam a ingerir alimentos sólidos antes da desmama; 
· desmamar os bezerros com peso superior a 90 kg; 
· fazer com que a desmama ocorra em época adequada (estação chuvosa) e em pasto apropriado; 
· suplementar a alimentação dos bezerros com ração apropriada, pelo menos até 2 meses após a desmama; 
· evitar distúrbios logo após a separação do bezerro de sua mãe (manejo de mangueiro, transporte, comercialização etc.). 

7) Qual a mistura mineral indicada para bezerros? E a composição de ração para bezerros desmamados com 90 dias de idade?

Na fase de aleitamento não há necessidade de suplementar os bezerros, embora eles possam ter acesso à mistura mineral fornecida às mães. Para bezerros desmamados aos 90 dias de idade, bons resultados têm sido obtidos com ração composta apenas de milho mais 21% de farelo de soja e minerais, ou milho mais 2 a 3% de uréia e minerais. 

8) Com que idade os bezerros começam a pastar?

Bezerros de raças taurinas começam a pastar e a ruminar entre 2 e 3 semanas de idade, com um tempo médio de pastejo de 3 horas/dia. Daí até 120 dias de vida, o tempo de pastejo aumenta quase que diretamente com a idade do bezerro. Aos 4 meses, eles pastam durante 38% do dia, ou por um período equivalente a 60% do tempo de pastejo da vaca. Bezerros zebuínos, em sistema extensivo de criação, iniciam a ruminação aos 30 dias de idade.

9) Qual a melhor pastagem (forrageira) para bezerros em aleitamento?

As pastagens para bezerros em aleitamento devem ser de espécies de alta qualidade, caracterizadas por elevados teores de proteína, baixos teores de fibra, alta digestibilidade e boa aceitação. Para este fim, sugere-se o uso de piquetes com capins, como grama coast-cross, milheto ou leguminosas como o estilosantes Mineirão ou Leucena. Para bezerros de corte criados a campo, sugere-se o plantio de pequenas áreas, cercadas, dentro da invernada de cria, de sorte que somente os bezerros lhes tenham acesso (creep-grazing). 

10) Qual a melhor pastagem para a desmama de bezerros?

A desmama de bezerros de corte normalmente ocorre no início do período seco, em abril/maio. Neste caso, a pastagem deve ser de espécies capazes de se conservarem como feno em pé, neste período, com o máximo de qualidade. Entre os capins tropicais, a braquiária decumbens destaca-se neste particular, proporcionando ganhos de peso, na seca, comparáveis aos de capins nobres, como o Tanzânia. Contudo, essa braquiária pode provocar fotossensibilização nos bezerros, o que exigiria outros cuidados. Resultados de pesquisa indicam que pastagens exclusivas de capim não atendem satisfatoriamente às necessidades nutricionais dos bezerros na fase pós-desmama. O uso dessas pastagens, associadas com estilosantes Mineirão, plantado em 25% da área, tem proporcionado bons ganhos de peso no período seco, em bezerros desmamados. A Leucena também pode ser usada como banco de proteína na desmama de bezerros. 


11) Com que idade o bezerro deve ser desmamado e qual a época de desmama mais indicada para a criação extensiva?

Em sistema extensivo, os bezerros são desmamados usualmente aos 6 - 8 meses de idade. Dependendo das condições de pasto, podem ser desmamados aos 5 meses, sem causar prejuízo ao seu desenvolvimento. Os bezerros podem ser desmamados ainda na estação das chuvas, quando as pastagens são de melhor qualidade. Assim, com a estação de monta de novembro a janeiro, todos os bezerros poderiam ser desmamados entre fevereiro e abril do ano seguinte. Se a propriedade possui número suficiente de piquetes, a desmama poderia ser realizada em pastos adjacentes, onde bezerros e vacas parecem ficar mais calmos, começando logo a pastar e a ruminar com tranqüilidade. O criador pode também utilizar o mangueiro para separar os bezerros durante os primeiro dias, enquanto as mães permanecem em mangas adjacentes. Se não houver condições dessa proximidade, bezerros e mães devem ser afastados o mais distante possível, para que não tenham, entre si, o menor contato auditivo, visual e olfativo.

12) Como evitar a pneumoenterite dos bezerros e como tratá-la?

Para evitar a pneumoenterite nos bezerros que vão nascer, as fêmeas devem ser vacinadas durante o oitavo mês de gestação. Se a mãe não for vacinada, o recém-nascido pode ainda tomar a vacina aos 15 e 30 dias de idade. O tratamento da pneumoenterite deve ser feito com antibióticos e fluidoterapia, indicados por médico-veterinário. 

13) Como fazer o tratamento do curso de sangue?

O tratamento do curso de sangue deve ser feito o mais rapidamente possível com medicamentos à base de sulfa. Conforme o caso, também há necessidade de que sejam repostos os líquidos perdidos, pelo emprego de fluidoterapia, ou até mesmo por transfusão sangüínea. 

14) Há vantagem em descornar bezerros quando novos? Qual o melhor método de descorna: ferro quente ou bastão de soda cáustica?

A descorna tem sido uma prática indicada principalmente para animais mestiços, com o objetivo de facilitar o manejo e evitar ferimentos provocados pelos chifres, notadamente quando a fase de terminação é conduzida em confinamento. Deve ser realizada em bezerros com até dois meses de idade. Após esse período, essa prática fica mais difícil e onerosa, além de causar estresse ao animal. Os dois métodos de descorna (com ferro quente ou com bastão de soda cáustica) são eficientes quando aplicados em animais jovens; porém, o uso do bastão de soda cáustica requer maior cuidado na realização da prática, e não deve ser usado nos dias em que haja possibilidade de ocorrência de chuvas. 

15) Na criação de gado de corte, os bezerros devem ficar presos nos primeiros dias de vida ou no campo com as vacas?

Os bezerros devem nascer em pastos denominados pasto-maternidade para, ali, receberem os cuidados necessários na primeira semana de vida.
 
16) A partir de que idade os bezerros têm necessidade de beber água?

Essa idade ainda não foi determinada com certeza. Na prática, observa-se que eles já procuram água poucos dias após nascidos, principalmente em dias quentes. Recomenda-se, assim, que as aguadas sejam planejadas de forma que os bezerros também tenham acesso a elas.

17) O que é mais indicado para bezerros: feno ou silagem? A partir de que idade pode ser administrado?

O feno é mais indicado para bezerros. Deve ter boa qualidade e pode ser oferecido a partir dos 2-3 meses de idade. 

18) Como funcionam o creep-feeding e o creep-grazing?

Creep-feeding é uma forma prática de se suplementar a alimentação de bezerros na fase de aleitamento. Consiste em cercar uma pequena área dentro do pasto a que só os bezerros tenham acesso, e onde são colocados cochos com ração concentrada. Creep-grazing é uma forma de fornecer forrageira de melhor qualidade aos bezerros em aleitamento. Consiste em cercar uma área dentro da invernada das vacas, de forma que só os bezerros tenham acesso, e introduzir, nessa área, pasto de ótima qualidade, como: colonião bem-manejado, coast-cross, milheto ou leguminosas, como estilosantes Mineirão ou Leucena. 

19) O que é, qual a causa e como tratar a fotossensibilização em bezerros?

A fotossensibilização hepatógena em bezerros é causada por um fungo que se desenvolve no material seco do pasto, principalmente em pastagem de braquiária. Ocorre geralmente após a desmama, quando o bezerro passa a se alimentar exclusivamente da pastagem. A primeira providência, nos casos de fotossensibilização, é a mudança dos bezerros para outro pasto de espécie forrageira diferente, que tenha sombra. O tratamento consiste na aplicação de protetor hepático, anti-histamínicos e hidratantes. Nas lesões da pele, devem ser aplicadas pomadas anti-sépticas e cicatrizantes.

20) A partir de que idade os bezerros devem ser vermifugados? Qual o melhor vermífugo para bezerros e a forma de aplicação?

Os bezerros devem ser vermifugados a partir da desmama, até a idade de 24 meses, com vermífugos de largo espectro, uma vez que estes atuam contra todas as espécies de vermes. O meio de administração do vermífugo não é importante. O que realmente importa é o princípio ativo do produto.
 
21) A partir de que idade os bezerros devem ser vacinados contra o carbúnculo sintomático e a gangrena gasosa?

Pode-se vacinar a partir de 3-4 meses de idade, embora na prática, eles sejam vacinados aos 6 meses, com um reforço aos 12 meses. Em áreas de alto risco de ocorrência da doença, recomenda-se vacinar os bezerros a cada 6 meses, até a idade de 2 anos. 

22) Por que novilhas de primeira cria enjeitam seus bezerros? Como evitar que isso ocorra?

Não é comum novilhas de primeira cria enjeitarem bezerros. Por instinto, a grande maioria das novilhas aceita e cuida de suas crias. É difícil saber, antes do parto, se a novilha irá ou não enjeitar o bezerro, o que impossibilita adotar alguma medida especial para evitar que isso ocorra. Entretanto, as novilhas devem permanecer em piquete-maternidade, em lugar calmo, para não ficarem estressadas por ocasião do parto. 

23) Quais são as causas do estresse da desmama?

O estresse da desmama é causado pelo efeito acumulativo de dois componentes: nutricional e emocional: 

• efeito nutricional ¾ Com a separação, o bezerro é privado do leite que, apesar de pouco, é um alimento de alta digestibilidade e com relativa concentração de nutrientes. Em seguida, é submetido a um pasto amadurecido (início da estação seca), pobre em qualidade e com reduzida disponibilidade. 

• efeito emocional ¾ O longo tempo de convivência e as interações de proteção e afeto estabelecem um vínculo preferencial e duradouro entre mãe e cria. Com a desmama, o bezerro perde, abruptamente, a companhia de sua parceira predileta, ficando naturalmente nervoso e estressado, até se ajustar ao novo ambiente. 

24) Quais as conseqüências e como evitar o estresse da desmama?

Como conseqüência do estresse de desmama, há perda de até 10% do peso e atraso no desenvolvimento da cria, além de maior suscetibilidade a doenças e parasitoses. Para evitá-los, ou reduzir seus efeitos, pode-se usar suplementação alimentar, antes e após a desmama, e formação de pastos especiais. Se possível, a desmama deve ser realizada em pastos adjacentes, onde mães e crias têm possibilidades de estímulos olfativos, visuais e auditivos. Essa prática parece acalmar vacas e bezerros, levando-os mais rapidamente ao pastejo e à ruminação. O "amadrinhamento" das crias, juntando animais adultos ao lote recém-desmamado, também tem a função de tranqüilizá-los. Quando há disponibilidade de piquetes, os bezerros deveriam, após a separação, retornar para o pasto de origem, que lhes é mais familiar. O controle de ecto e endoparasitas bem como as vacinações preventivas são indispensáveis, para não agravar o quadro. Os bezerros devem ser poupados de manejo estressante, logo após a desmama. 

25) Com que idade deve ser feita a separação dos bezerros pelo sexo, após a desmama?

Os bezerros de raças zebuínas, machos e fêmeas, podem ser criados juntos até a idade de 12 meses. No caso de raças européias e produtos de cruzamento, convém separar os machos das fêmeas na desmama, aos 6-7 meses de idade.


26) Como determinar as percentagens de nascimentos e de desmama de bezerros?


Referência Bibliográfica:
http://www.sct.embrapa.br/500p500r/Pergunta.asp?CodigoProduto=00013710&CodigoCapitulo=15&CodigoTopico=14



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Manejo Reprodutivo do Rebanho



1) Como deve ser o manejo do Rebanho de cria na época de nascimento?

Na época de nascimentos, o rebanho de cria deve ser mantido em um pasto-maternidade, com a finalidade de se proporcionar assistência adequada tanto às fêmeas quanto aos bezerros, por ocasião da parição. Isto possibilita que, imediatamente após o nascimento, possa ser efetuada a cura do umbigo do bezerro e prestado auxílio às fêmeas durante a parição, especialmente em caso de parto difícil (parto distócico). Convém salientar que o aspecto nutricional do animal, durante o terço final de gestação, é de extrema importância para o retorno ao cio. A reposição da condição corporal de animais mal nutridos, além de ser onerosa, retarda muito a manifestação do primeiro cio fértil no pós-parto, aumentando, consequentemente, o intervalo entre partos e diminuindo a taxa de prenhes do rebanho.

2) Quais as vantagens da distribuição do rebanho nos pastos, separado por categoria (sexo e idade)?

Esse procedimento possibilita a utilização de técnicas de manejo específicas para determinado grupo de animais, tais como: época de monta diferenciada para novilhas, suplementação alimentar estratégica para novilhas de primeira cria, maiores cuidados com as crias após o nascimento (pasto-maternidade) e facilidade para atender a requerimentos nutricionais diferenciados para bezerros desmamados e novilhos em terminação.
3) Como aumentar a eficiência reprodutiva do rebanho de cria, ou seja, como aumentar o 
nascimento de bezerros na criação extensiva?

A nutrição adequada é um dos fatores que mais contribui para o aumento da eficiência reprodutiva do rebanho de cria. Paralelamente, diversas técnicas de manejo devem ser utilizadas para que esse objetivo seja alcançado. Dentre elas, pode-se destacar, em primeiro lugar, o estabelecimento de uma estação de monta de curta duração, a fim de que o período de maior requerimento nutricional (lactação) coincida com o de maior oferta de alimentos. Dessa maneira, as demais atividades de manejo serão disciplinadas e poderão ser aplicadas em idades corretas e em épocas do ano mais adequadas, tais como: esquema de vacinação, vermifugação, castração, descorna, desmama, descarte etc. O estabelecimento de um período de monta auxilia também na identificação de animais de baixo potencial produtivo, ou improdutivos, os quais, após identificados, devem ser descartados.

4) Como medir a eficiência reprodutiva do rebanho?

A eficiência reprodutiva é medida pelo número de bezerros desmamados por ano, em relação ao número de fêmeas em idade de reprodução. No entanto, devem ser considerados, também, o peso desses bezerros na época da desmama e a área utilizada para a sua produção, de modo que a produtividade possa ser avaliada em valores de Kg de bezerro desmamado/hectare/ano.

5) O que condiciona a relação touro:vaca na criação extensiva e qual é a relação recomendada para monta natural a campo?

A relação touro: vaca para monta natural a campo depende, em primeiro lugar, da idade do touro e de seu estado de saúde e nutrição; e, em segundo lugar, do manejo dado ao rebanho de cria. A relação deve ser menor para touros jovens (1:10 a 1:15), podendo chegar a 1:40 para touros adultos. Na média, a relação mais utilizada é a de 1:25; no entanto, dependendo da área e topografia do terreno, ela pode ser ampliada. Quando houver necessidade de se colocar mais de um touro por lote de fêmeas no mesmo pasto, recomenda-se que sejam selecionados animais da mesma idade, tamanho ou peso. Os índices de fertilidade serão drasticamente reduzidos se houver um touro dominante subfértil ou infértil. Para evitar esse problema, sugere-se que se faça em todos os touros, antes do período de monta, um exame andrológico completo, que compreende exame clínico, exame das características do sêmen e o teste da libido.

6) Qual é a relação touro:vaca recomendada para o Pantanal Mato-grossense?

A relação mais utilizada naquela região é a de 1:10. No entanto, trabalhos recentes de pesquisa têm demonstrado que, com o emprego da relação 1:20, é possível alcançar índices de fertilidade semelhantes aos obtidos com o emprego da relação 1:10.

7) Quais são os critérios para se estabelecer a estação de monta?

O estabelecimento do período de monta vai depender de qual época o produtor deseja que os nascimentos e a desmama ocorram. Como a gestação demora em torno de nove meses e meio, ela deve ter seu início programado por igual período antes da primeira parição. No Brasil Central, a monta natural deve se concentrar durante a estação chuvosa, na qual há maior disponibilidade de pastagens de melhor qualidade. Assim, os nascimentos ocorrem durante o período seco, época na qual são baixas as incidências de doenças (pneumonia) e de parasitos (carrapatos, bernes, moscas e vermes). Outros pontos importantes a favor desse período são: a coincidência do período de lactação (grande demanda por nutrientes de qualidade) com a época de pastagens de boa qualidade; a redução das exigências nutricionais das vacas, pois a desmama é efetuada no início do período seco; o descarte, no início da seca, de vacas vazias e animais de baixa eficiência produtiva, liberando pastagens para as demais categorias de animais; e a castração e a marcação poderem ser efetuadas na idade correta e na época de baixa incidência de bicheiras.

8) Como passar da monta natural durante todo o ano para uma estação de três meses de duração?

No Brasil Central, onde geralmente o touro é mantido com as vacas durante todo o ano, a grande concentração de nascimentos ocorre de agosto a setembro, que corresponde à monta de novembro e dezembro. Como o período de monta recomendado para uma estação de três meses de duração vai do início de novembro ao final de janeiro, recomenda-se a redução do período de monta gradualmente, eliminando-se, a cada ano, de 1 a 2 meses, até atingir-se a duração ideal.

9) Justifica-se o estabelecimento de duas estações de monta durante o ano? Por exemplo, novembro a janeiro e abril a junho?

Não; pois, considerando que o manejo e a alimentação são semelhantes para todas as vacas, estaríamos premiando aqueles animais de baixa eficiência reprodutiva, que não conceberam durante o período desejado. Apesar de se reduzir o intervalo entre partos, estaríamos fazendo uma seleção negativa para fertilidade. Os nascimentos resultantes do período de monta complementar ocorreriam durante a época das águas, período em que são altas as incidências de doenças e parasitos. Além do mais, a ocorrência de nascimentos durante um longo período do ano dificulta a aplicação das técnicas de manejo nas épocas e idade mais adequadas.

10) Como identificar vacas no cio?
As vacas no cio podem ser identificadas principalmente pela mudança no seu comportamento. Elas se mostram irrequietas, caminham bastante, montam e se deixam montar por outros membros do rebanho e, normalmente, agrupam-se em torno do rufião ou touro. Durante o cio, a cauda se apresenta levemente erguida e, às vezes, pode ser notada a liberação de um muco cristalino. A detecção de animais no cio pode ser facilitada com o auxílio de rufiões (machos ou fêmeas androgenizadas) que utilizam preso ao pescoço, um buçal marcador contendo uma mistura de pó-xadrez (tinta) e óleo grosso queimado. Durante a monta, a tinta é liberada do buçal, identificando, assim, os animais que manifestaram cio.

11) Qual a duração do cio nas vacas Nelore e em que período do cio as vacas devem ser inseminadas?

A duração média do cio das vacas Nelore é de aproximadamente 12 horas, portanto inferior à observada nas vacas de raças europeias (18 a 22 horas). A inseminação deve ser efetuada próximo ao final do período de manifestação do cio. Portanto, para que se obtenham elevados índices de fertilidade à inseminação, é necessário que se conheça o momento em que as vacas manifestam os primeiros sinais de cio.

12) Por que ocorre e como evitar o anestro?

O anestro é o período de completa inatividade sexual, durante o qual não há sinais de manifestação de cio. Portanto, o anestro não é uma doença, mas um estado fisiológico do animal. Ele é observado durante o período que antecede a puberdade das fêmeas, na gestação e durante o pós-parto. O anestro ocorre devido à insuficiência hormonal que impede o desenvolvimento folicular e a manifestação do cio. As principais causas podem ser resultantes de fatores ambientais, como estação do ano, lactação e nutrição; anormalidades do ovário, como hipoplasia e cistos ovários e, também, devido a fatores uterinos, como gestação, mumificação e maceração de feto, e piometra. A principal causa de anestro durante o pós-parto é a amamentação. Devido à intensidade e à frequência da amamentação, o período de anestro pode ser prolongado, principalmente em animais que sofreram restrição alimentar durante a gestação ou lactação. A nutrição inadequada, principalmente durante o terço final de gestação, piora as condições corporais da vaca ao parto, aumentando o período de anestro. Portanto, nos períodos de deficiência nutricional, a desmama precoce ou antecipada pode ser utilizada para reduzir os requerimentos nutricionais da vaca, antecipando, assim, o retorno da atividade reprodutiva após o parto.

13) O que é mais eficiente: a monta natural ou a inseminação artificial? Quando adotar a inseminação? 

Considerando-se apenas o número de bezerros produzidos, e não a melhoria genética do rebanho, a monta natural pode ser mais eficiente do que a inseminação artificial. Na inseminação artificial, a obtenção de altas taxas de fertilidade depende da qualidade do sêmen utilizado, da técnica de descongelamento e inseminação, do estado sanitário das fêmeas e, principalmente, do momento correto de inseminação. A inseminação deve ser adotada segundo o objetivo que se pretende atingir. Se a intenção for a de melhorar o padrão genético do rebanho, a inseminação é a técnica mais importante e eficiente. Isto porque o sêmen de poucos machos selecionados, com características genéticas desejáveis, possibilita a inseminação de milhares de fêmeas a cada ano. No cruzamento industrial, por exemplo, na maioria das vezes a utilização de raças europeias só pode ser feita pela inseminação artificial, devido à baixa fertilidade dos touros europeus puros não adaptados às nossas condições climáticas, ou ao custo elevado de aquisição de touros de elevado padrão genético.

14) Qual é o significado da inseminação artificial para o melhoramento do rebanho?

Como já mencionado, a inseminação artificial é a técnica mais importante, de custo acessível, para acelerar a melhoria do padrão genético do rebanho, embora os benefícios de sua adoção possam ser mais facilmente observados em gado de leite do que em gado de corte. Isto porque, no sistema de criação extensivo de gado de corte, há dificuldades de detecção de animais no cio. No entanto, com a introdução de novos métodos de indução ao cio e sincronização do cio, a inseminação artificial passa a assumir papel de destaque na pecuária de corte, principalmente com a intensificação dos programas de produção de novilho precoce.

15) É verdade que a inseminação artificial pode reduzir a natalidade do rebanho? Quantas vezes deve-se inseminar uma vaca que repete o cio?

Sim. A natalidade do rebanho inseminado pode ser drasticamente reduzida se não forem tomadas as devidas precauções, relacionadas ao momento correto de inseminação, ao emprego correto de técnicas de descongelamento e inseminação, ao uso de sêmen de fertilidade comprovada e aos cuidados com o estado sanitário das fêmeas. Uma fêmea não deve receber mais do que duas doses de sêmen, se os animais estiverem em perfeito estado de saúde e nutrição, e se forem seguidos os procedimentos corretos para a observação do cio e inseminação. Animais que repetem o cio após várias inseminações podem apresentar problemas de ordem anatômica ou fisiológica e devem ser eliminados do rebanho.

16) Como se prepara um rufião e qual é a relação rufião:número de vacas?

Os machos destinados à produção de rufiões deverão ter aproximadamente 12 meses de idade. A cirurgia, realizada por médico-veterinário, consiste no desvio lateral do pênis, para evitar sua penetração durante a monta. Outro método muito utilizado, porém um pouco dispendioso, consiste na utilização de vacas tratadas com o hormônio masculino testosterona (vacas androgenizadas). A relação rufião: número de vacas pode ser a mesma de touro: vaca.

17) Quando aplicar hormônio para induzir ovulação nas vacas?

A sincronização do cio de fêmeas bovinas pela aplicação de hormônios é utilizada principalmente para facilitar a inseminação artificial em gado de corte ou de leite. O trabalho de observação do cio e inseminação, que normalmente é efetuado durante todo o período de monta, fica reduzido a uma semana por lote de 50 a 60 fêmeas. A concentração do período de inseminação faz com que os nascimentos também ocorram na época mais desejada e no menor espaço de tempo possível. Isso permite uma melhor utilização da mão de obra disponível, além da obtenção de lotes uniformes de animais. Como o custo da sincronização é elevado, sua utilização depende da finalidade da exploração (gado puro, cruzamento industrial, etc.); em rebanho comercial, na maioria das vezes, não compensa financeiramente.

18) Como se faz a transferência de embriões?

Vacas de alto potencial genético (doadoras) são tratadas com hormônios, para a indução de ovulações múltiplas, com 20 ou mais óvulos produzidos por indução. Esses óvulos, se fertilizados após a inseminação, transformam-se em embriões. Obviamente, como a vaca que produz esses embriões extras não tem capacidade para produzir tantos bezerros, esses embriões são transferidos (via cirúrgica ou não cirúrgica) para outras fêmeas devidamente sincronizadas (receptoras), onde eles serão implantados e permanecerão até o final da gestação. Na transferência de embriões (inoculação) via cirúrgica, os cornos uterinos são exteriorizados mediante uma cirurgia de flanco (laparatomia), e os embriões transferidos para o corno uterino adjacente ao ovário com o corpo lúteo. Pelo método não cirúrgico, os embriões são transferidos para o corno uterino, mediante a utilização de um aplicador (inoculador), através do canal vaginal e cervix. É importante lembrar que, para os dois métodos de transferência, há necessidade de as receptoras e doadoras estarem na mesma fase do ciclo estral.

19) Quando e como fazer o diagnóstico de gestação?

O diagnóstico de gestação pode ser efetuado a partir de 40 dias após a monta ou inseminação. Se utilizado o período de monta de novembro a final de janeiro, o diagnóstico pode ser realizado entre março e abril, antes do período seco, de modo a se descartarem, o mais cedo possível, as vacas falhadas. A maneira mais prática de se efetuar o diagnóstico de gestação é pelo toque retal, efetuado por um médico-veterinário. O operador insere seu braço no reto do animal e, pela manipulação do útero, procura detectar as modificações na sua estrutura, que são características da gestação, como o diâmetro dos cornos uterinos, a presença do feto e membranas fetais.

20) Qual é a duração da gestação e qual o intervalo médio entre partos em gado de corte?

O período de duração da gestação para zebuínos abrange cerca de 290 dias. O intervalo médio entre partos depende do sistema de exploração pecuária. Nos sistemas de pecuária extensiva, esse intervalo varia de 20 a 24 meses. No entanto, com a intensificação dos sistemas de manejo e alimentação, esse intervalo pode ser reduzido para 12 a 13 meses.

21) A vaca inseminada que repete o cio mais de uma vez pode ser posta com touro?

Não sendo diagnosticada nenhuma anormalidade, ela pode ser posta com touro. Contudo, ela deve ser eliminada se permanecer vazia após a monta natural.

22) Qual a duração da vida útil da vaca de corte e qual o número médio de crias?

A vida útil da vaca de corte pode ir além de 12 anos; no entanto, após 10 anos de idade, a produção de leite entra em declínio e o animal passa a desmamar bezerros mais leves. Considerando-se 4 anos como a idade média ao primeiro parto, e o descarte aos 10 anos de idade, a vaca deixa, em média, de 4 a 5 bezerros. Contudo, essa produtividade pode ser melhorada sensivelmente, reduzindo-se a idade à primeira cria e o intervalo entre partos.

23) Quais são os principais critérios para o descarte de vacas do rebanho?

Os principais critérios para o descarte de vacas são a idade, a repetição de cio e a habilidade materna. Isto porque: • idade  após 10 anos, as vacas passam a desmamar bezerros mais leves, que têm, por isso, seu desenvolvimento futuro prejudicado; • repetição de cio  apesar de serem cobertas por touros reconhecidamente férteis, há vacas que retornam ao cio repetidamente; • habilidade materna  vacas que não são boas mães, ou que produzam pouco leite, contribuem para a mortalidade de bezerros na fase de aleitamento, ou desmamam bezerros muito leves.

24) O descarte de vacas e a seleção das novilhas de substituição devem ser feitos antes ou depois da estação de monta? Quantas vacas devem ser substituídas anualmente no rebanho de corte?

O descarte de vacas vazias ou das de baixa produtividade deve ser efetuado após o diagnóstico de gestação e antes do início do período seco. As novilhas para substituição devem ser selecionadas antes da estação de monta, com base no seu desenvolvimento corporal. Recomenda-se que, a cada ano, sejam substituídas cerca de 15 vacas de cada 100 do rebanho (15%). Dessa forma, as vacas permanecem no rebanho por cerca de 6 anos, sendo descartadas aquelas entre 9 e 10 anos de idade.

25) Quais são as melhores épocas do ano para o nascimento e a desmama de bezerros?

No Brasil Central, a melhor época do ano para o nascimento de bezerros é durante o período seco (julho a setembro), quando são baixas as incidências de doenças e de parasitos. A desmama, aos 6-7 meses de idade, pode ser realizada de março a abril, próximo ao início do período seco. Apesar de a época de desmama não ser a mais favorável, a utilização de pastos diferenciados ou a suplementação alimentar dos bezerros desmamados possibilitam a manutenção ou mesmo algum ganho de peso durante o período seco.

26) Qual é a influência da idade de desmama sobre o desempenho reprodutivo da vaca?

Em condições de deficiência nutricional, o desempenho reprodutivo das vacas de cria aumenta significativamente com a antecipação da idade de desmama. Contudo, o desenvolvimento dos bezerros pode ser prejudicado se eles forem desmamados com peso inferior a 90 kg e não receberem suplementação alimentar. A idade de desmama vai depender, portanto, da disponibilidade de forragem e da condição corporal das vacas.

27) Quais as vantagens da sincronização do cio em gado de corte?

As dificuldades encontradas para a observação do cio em gado de corte, principalmente nos sistemas de exploração extensiva, têm limitado a utilização da inseminação artificial. Os métodos de sincronização do cio visam concentrar os períodos de cio em curto espaço de tempo, de modo a facilitar o emprego da inseminação artificial. Assim, além de concentrar os períodos de manifestação de cio e parição, a sincronização do cio permite a formação de lotes homogêneos de animais, nas épocas mais adequadas, e a racionalização da mão-de-obra disponível. (Ver, também, resposta à pergunta 17.)

28) Por quanto tempo o touro deve permanecer no rebanho?

A vida reprodutiva dos touros pode ir além de dez a doze anos. No entanto, os touros devem ser substituídos ou trocados de rebanho, a cada três anos, para evitar que cubram suas próprias filhas.

29) Quais os parâmetros avaliados no exame andrológico de reprodutores, a campo?

O exame andrológico completo compreende o exame físico-clínico geral, a avaliação das características físicas e morfológicas do sêmen e o teste de comportamento, que inclui a avaliação da libido. No entanto, a campo, nem todas as características físicas e morfológicas do sêmen podem ser determinadas. Parâmetros como a percentagem de vivos ou mortos, concentração e patologia são avaliados em laboratório. Das características físicas, as mais comumente avaliadas a campo são volume, aspecto, cor, pH, motilidade (percentagem de espermatozóides móveis), motilidade progressiva individual (vigor) e o turbilhonamento (motilidade em massa).

30) Quais são as causas de subfertilidade em touros?

Touros subférteis comprometem a fertilidade do rebanho, ocasionando grandes perdas de produção. Causas de ordem anatômica, fisiológica, endocrinológica, de meio ambiente, nutricional, genética, psicogênica ou patológica podem contribuir para a redução do potencial reprodutivo. O diagnóstico é efetuado pelo exame andrológico completo. 

31) Há diferença entre infertilidade e esterilidade em touros?

Sim. Infertilidade é a perda temporária da fertilidade, enquanto esterilidade é a perda permanente da fertilidade.

32) Quais as causas mais freqüentes de queda de fertilidade dos touros?

Duas das causas mais freqüentes são a alteração das características seminais, devido à idade, e aquelas decorrentes de deficiência nutricional, principalmente de proteína, energia, micro e macroelementos minerais. Doenças da esfera reprodutiva (brucelose, vibriose, tricomonose e leptospirose) afetam diretamente tanto a fertilidade do touro como a da vaca. Além disso, outras enfermidades que debilitam o estado geral do touro podem também reduzir a sua fertilidade. Touros de raças taurinas não-adaptadas às regiões tropicais apresentam acentuada redução da fertilidade, principalmente em razão de temperaturas elevadas.

33) Qual a relação entre o tamanho dos testículos e a fertilidade dos touros? Qual a importância do perímetro escrotal nos touros?

O tamanho dos testículos está mais relacionado com a produção de sêmen do que com a capacidade de fecundação dos espermatozóides. Touros com testículos mais desenvolvidos apresentam maior volume de ejaculado, podendo produzir maior número de doses de sêmen. Além disso, existe alta correlação entre o perímetro escrotal de touros jovens e a idade para a puberdade de suas meias-irmãs. O perímetro escrotal está diretamente relacionado com a precocidade sexual e com a fertilidade do touro; indica o seu potencial para a produção de sêmen. Touros zebuínos adultos devem ter mais de 30 cm de perímetro escrotal.

34) Que cuidados devem ser adotados no manejo de touros em monta natural, para manter a fertilidade?

Antes de tudo, deve-se considerar o estabelecimento de uma estação de monta, preferencialmente de curta duração (2 a 3 meses). Durante este período, deve ser mantida a relação adequada touro:vaca; devem ser utilizados touros de mesma idade e tamanho por lote de fêmeas, com a finalidade de se reduzirem as disputas e a influência dos touros mais agressivos. No caso de os touros dominantes serem subférteis, a fertilidade do rebanho será seriamente reduzida. Assim, é necessário fazer o exame andrológico antes do período de monta, pois, por meio dele, serão identificados os animais com problemas, permitindo que medidas corretivas sejam adotadas a tempo de não comprometer a fertilidade do rebanho.

35) Em que épocas os touros Nelore atingem a puberdade e a maturidade sexual?

Em média, touros Nelore, criados em sistema extensivo, atingem a puberdade aos 18 meses de idade, embora este fato esteja mais relacionado com o peso do que com a idade. Durante a puberdade, a ocorrência de anormalidades espermáticas é muito alta, diminuindo à medida que o animal se aproxima da maturidade sexual. Em média, machos da raça Nelore atingem a maturidade sexual com cerca de 24 meses de idade.

36) Qual a influência da variação estacional no desempenho reprodutivo de touros Zebu, em monta natural?

O peso do animal, o perímetro escrotal e as características do sêmen de touros são afetados pelas variações climáticas. Anomalias espermáticas, por exemplo, apresentam maiores índices de ocorrência no período de temperatura mais elevada e de maior umidade relativa do ar, independentemente do nível nutricional dos touros, embora dentro dos limites permitidos para uma boa fertilidade. Já o peso do animal e o perímetro escrotal são afetados negativamente durante o período seco. Como conseqüência, algumas características do sêmen são alteradas (volume, concentração etc.). A deficiência prolongada de nutrientes, durante o período seco, afeta vários mecanismos endócrinos, provocando a diminuição da secreção de hormônios ligados ao processo reprodutivo, ocasionando alterações da atividade testicular, reduzindo, assim, a capacidade reprodutiva dos machos.

37) Touros devem receber algum tipo de suplementação durante a estação de monta?

Depende das condições de alimentação dos touros no início do período de monta. A suplementação não será necessária se o período de monta ocorrer durante a estação chuvosa e os touros tiverem recebido alimentação adequada durante pelo menos 2 meses antes da monta. 

38) Quais os critérios de escolha para a compra de touros para rebanhos de corte?

Além da caracterização racial, devem ser considerados: o aspecto sadio do animal (vivacidade, pêlo liso, mucosas brilhantes), bom desenvolvimento ponderal, bons aprumos e disposição para monta a campo e, sobretudo, boa fertilidade. A avaliação de fertilidade pode basear-se na constituição e volume dos testículos e no exame de sêmen.

39) Qual a proporção normal de vacas em rebanhos de gado de corte? Por que os abates de vacas aumentam em determinados períodos e diminuem em outros?

Proporções de vacas e de bezerros nos rebanhos de corte dependem do tipo de atividade pecuária desenvolvida na propriedade (se exclusivamente de cria, se de cria e recria, ou de cria, recria e engorda) e da eficiência reprodutiva do rebanho. Nos rebanhos comuns (de cria, recria e engorda), a proporção de vacas varia em torno de 35%, e a de bezerros, em torno de 20%. Se a eficiência reprodutiva do rebanho for alta, diminui a proporção de vacas e aumenta a de bezerros, ocorrendo o inverso nos rebanhos de baixa eficiência reprodutiva. Os abates de vacas aumentam em determinados períodos e diminuem em outros porque os abates variam com o ciclo pecuário (ciclo de preços do gado). A matança de vacas é o principal componente da variação do abate total, já que o abate de bois é mais estável. A matança de vacas aumenta nos períodos de preços baixos e diminui quando os preços sobem.

40) O elevado abate de vacas pode comprometer o rebanho brasileiro?

Nos rebanhos estabilizados, o abate de vacas além da taxa normal de descarte tende a reduzir o rebanho. Este, porém, não é o caso do rebanho brasileiro, que ainda está em crescimento. Nos rebanhos em crescimento, a matança de vacas além da taxa normal de descarte pode desestruturar o rebanho e reduzir o ritmo de seu crescimento, mas não chega a comprometer seu efetivo básico. É o que se observa nos ciclos pecuários: a taxa de crescimento cai nos períodos de preços baixos, quando os criadores vendem mais vacas para o abate, e cresce nos períodos de preços altos, quando o rebanho se recompõe.

41) Como se calcula a taxa de crescimento do rebanho?

A taxa de crescimento de um rebanho varia em função dos índices zootécnicos (taxas de natalidade e de sobrevivência de crias, idade das novilhas à primeira parição e taxa de substituição de matrizes) e é determinada pela seguinte fórmula:onde: i é a taxa de crescimento, n é o número de anos do período considerado, e R representa o efetivo do rebanho no início (R1) e no fim (Rn) desse período. Por exemplo, para se calcular a taxa de crescimento do rebanho brasileiro no período de 1970 a 1985, tem-se: R1 (1970) = 78,56 milhões de cabeças; Rn (1985) = 128,04 milhões de cabeças e n = 15 anos. Aplicando-se a fórmula, obtém-se a taxa de 3,31%. Isto significa que, naqueles 15 anos, o rebanho cresceu, em média, 3,31% ao ano.

Referência Bibliográfica:
http://www.sct.embrapa.br/500p500r/Topico.asp?CodigoProduto=00013710&CodigoCapitulo=15

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Raça de equinos - Crioulo



Trata-se de um animal harmonioso nativo da República Argentina, o crioulo pode ser encontrado, sob formas ligeiramente difrentes e uma grande variedade de nomes. Com o chanfro acarneirado,
herança esta de sua ascendência ibérica, não possui a desproporção que se observa no Andaluz e na maioria dos Mangalargas entre os quartos traseiros Descendente dos animais ibéricos, a garupa genética é a do Berbere e a do Árabe. O cavalo desapareceu dos territórios americanos na Pré Historia, sendo reintroduzido somente na colonização ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, ao México, e para o Sul , até o Peru. Do México, o cavalo espalhou-se pelo que hoje constituiu os Estados Unidos, e, do Peru, o cavalo seguiu para o sul, numa rota paralela à costa do Oceano Pacífico, via Chile, até invadir a Argentina e o Rio grande do Sul, onde o cultivamos, originalmente, no Brasil. Atualmente, a raça está sendo bem difundida em todo território nacional.
Pelagem: Praticamente qualquer uma, predominante o baio gateado ( com estrias escuras nos joelhos e jarretes). A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um báio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha, a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.
Função: Trata-se de excepcional cavalo de lida, potente, dócil e resistente, com incrível capacidade de trabalho e subsistência sob condições. Nos dias atuais, está sendo descoberto pelos praticantes do hipismo rural, com crescente sucesso esportivo. É educado num galope especial, curto, porém continuado, que permite fazer muitos quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, de acordo com os terrenos planos do sul.
PADRÃO DA RAÇA:
1 – CABEÇA:
PERFIL: Sub-Convexo; Retilíneo; Sub-Côncavo
COMPRIMENTO: Curta
GANACHA: Delineada; Forte e moderadamente afastada
LARGURA: Fronte – larga e bem desenvolvida
Chanfro – Largo e curto
ORELHAS: Afastadas; Curtas; Bem inseridas; Com mobilidade
OLHOS: Proeminência; Vivacidade
2 – PESCOÇO:
INSERÇÕES: Cabeça – Limpa e resistente;Tórax – Rigorosamente apoiada no peito
BORDO SUPERIOR: Sub-Convexo; Crinas grossas e abundantes
BORDO INFERIOR: Retilíneo
LARGURA: Amplo; Forte; Musculoso
COMPRIMENTO: Mediano
3 – LINHA SUPERIOR:
CERNELHA: Destaque moderado; Musculosa
DORSO: Mediano; Musculoso; Bem unido a cernelha e ao lombo
LOMBO: Musculoso; Unindo suavemente o dorso e a garupa
GARUPA: Moderadamente larga e comprida; Levemente inclinada proporcionando
boa descida muscular para os posteriores
COLA: Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa.
Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.
4 – TÓRAX, VENTRE E FLANCO:
PEITO: Amplo; Largo; Profundo; Encontros bem separados e musculosos
PALETAS: Inclinação mediana; Comprimento mediano; Musculosas, caracterizando
encontros bem separados
COSTELAS: Arqueadas e profundas
VENTRE: Sub –Convexo, com razoável volume; Perfeitamente unido ao tórax e flanco
FLANCO: Curto; Cheio; Unindo harmonicamente o ventre ao posterior
5 – MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES:
BRAÇOS E COTOVELOS: Musculosos; Braços inclinados; Com cotovelos afastados
do tórax
ANTEBRAÇOS: Musculosos; Aprumados; Afinando-se até o joelho
JOELHOS: Fortes, nítidos, no eixo
CANELAS: Curtas, com tendões fortes e definidos; Aprumadas
BOLETOS: Secos, arredondados, fortes e nítidos; Machinhos na parte posterior
QUARTELAS: De comprimento médio; Fortes, espessas, nítidas e medianamente
inclinadas
CASCOS: De volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e
medianamente inclinados. De preferência, pretos
QUARTOS: Musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e,
musculosas interna e externamente
GARRÕES: Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo
anterior medianamente aberto

Raça de equinos - Campolina



Trata-se de um animal de grande
estatura e marchador. Possue as
características básicas do Marchador
Mangalarga, do qual foi evoluído, mas
em porte mais imponente. A cabeça é
forte e muitas vezes o chanfro é
acarneirado, mais próximo ao perfil do
Crioulo do que propriamente do
Mangalarga, os anteriores são mais
imponentes que os quartos posteriores,
sendo os ombros fortes e inclinados e a cavidade toráxica ampla e profunda, canas
curtas e de bons ossos, mas, proporcionalmente, a garupa é estreita.
A base da raça, o Marchador e, ainda, o Crioulo (que era levado do Rio Grande do Sul
para Minas Gerais) é, proveniente dos animais trazidos da Península Ibérica, portanto,
Berbere e Árabe.
O Criador Cassiano A. da Silva Campolina ganhou uma égua, Medéia, da raça
Marchador Mangalarga, que havia sido cruzada com um garanhão Andaluz, de
Antônio Cruz, que pretendia obter um produto mais robusto. Nasceu um potro,
Monarca, do qual se desenvolveu a raça, recebendo infusões de sangue Anglo -
Normando (do Garanhão Menelicke e, posteriormente, de PSI.)
Originalmente, o Campolina foi utilizado para a tração de tróleis e carruagens.
Atualmente, é um excelente animal para o lazer, reunindo o conforto da marcha ao
porte robusto para passeios rurais.
Altura: Se provir de boa criação, atinge 1,65m. Pelagem: Além das básicas, alazã e
castanha, há a báia, de cor amarelada, crinas e membros negros e , às vezes, zebruras
listras, raia da cernelha à garupa, etc.

Raça de equinos - Búlgaro



Também conhecido como Búlgaro
Oriental, trata-se de um Anglo -
Árabe, na realidade! As
características são as uma estrutura
longilínea, altiva, chanfro reto às
vezes até côncavo; a garupa
horizontal do Árabe e a espádua
oblíqua do PSI.
A mesma do Anglo - Árabe e Berbere
com o autóctone britânico,
descendente do Berbere préhistórico.
Há numerosos países que desenvolvem supostas raças nacionais que, na realidade, não
passam de uma versão local de outra raça. Obviamente, tais supostas raças precisam
entrar em trabalhos como este, já que possuem registro. Em alguns países, a raça ao
menos é formada em diversas etapas, recebendo diferentes infusões periódicas de
numerosas raças, na procura de determinado padrão. Isto foi feito, no Brasil, em
relação ao Campolina, e atualmente do Brasileiro de Hipismo. Contudo, o Búlgaro é
simplesmente um Anglo Árabe , sem qualquer outra influência racial. Trata-se de
animal criado pela Fazenda Estatal Vassil Kolarov.
Função: Os animais são empregados tanto no salto, embora não possuam estatura
recomendável, quanto em corridas de obstáculos, para as quais são ideais, unindo a
velocidade do PSI à resistência do Árabe.
Altura: Embora o haras estatal só introduza novas cruzas com PSI na atualidade, a
média é de 1,53m.
Pelagem: As usuais alazã e castanha. Por motivos de preferência estética, os búlgaros
concentram a seleção em pelagens alazã e castanho praticamente negro, desprezando o
castanho comum, de tom marrom :

Raça de equinos - Bretão de Tiro



O Bretão é um animal nativo da região bretã francesa e
foi sendo cruzado, através dos tempos, com as demais
raças de tiro, como as raças Percheron, Ardenesa e
Bolonhesa. Da tração de coches, após cruzas com o
Hackney e o Tratador Norfolk. As cruzas com Árabe e o
Puro -Sangue Inglês resultaram em um Bretão para
charretes e até mesmo a montaria.
O Chamado Bretão de Tiro, que pode atingir até a altura de 1,60m ainda usado na
agricultura; o tratador ainda potente, com 1,50m de altura, serve para as carruagens e,
finalmente, o Bretão, que alguns apelidaram de Corlay, com 1,52m, serve para
montaria.
A herança genética do Bretão é a mesma dos demais cavalos nórdicos, ou seja, do
Berbere pré-histórico que veio da Ásia para a Europa pela rota das estepes e originou
os chamados cavalos da floresta. Na atualidade, o Bretão sofreu infusões de sangues
oriental e Anglo - saxão.
Altura: Como vemos acima, pelas funções a que se
destinam determinadas criações, o animal pesado de
tiro não deve variar muito de 1,60m, assim como o de
tração a trote não deve variar muito de 1,50m. Contudo,
o tipo mais leve pode perder porte até cair a 1,48m.
Pelagem: Temos básicas, alazã e castanha, com grande ocorrência do ruão, mescla de
pêlos vermelhos, negros e brancos. Contudo, é muito rara a aparição do castanho
quase negro, como se desconhece o tordilho.
O pescoço correspondente ao conjunto, é curto, grosso e arqueado. As orelhas são
pequenas e móveis. A cabeça é quadrada e de perfil reto. A anca são largas e
quadradas, com musculatura acentuada e movimentação particularmente franca e
livre. As pernas são curtas e fortes, com pouco plumagem e os pés duros, bem formados
e não muito grandes. A cauda, costuma-se encurtar como a do norman cob.

Raça de equinos - BRABANTINO (Brabant)



 O Brabantino é possuidor das usuais
características dos potentes cavalos de
tração, com o pescoço bem
desenvolvido, conjunto dorso/anca bem
curto, pernas curtas e grossas, etc.
Contudo, para os que já ,conseguem ir
sentindo as pequenas nuanças da
conformação eqüina, não é difícil
distinguir o Brabantino dos demais
pela sua cabeça desproporcionalmente
pequena em relação ao corpo, e por sua grande estatura.
o Brabantino é tido por muitas autoridades como o verdadeiro chefe de raça de todos
os cavalos nórdicos, o primordial cavalo das florestas que se desenvolveu a partir do
Berbere pré - histórico.
Como o original cavalo dito de sangue frio ( mera expressão referente à região nórdica
a ao temperamento frio), o Brabantino foi a base dos demais cavalos pesados da
Bélgica, do Norte da França, etc. Alguns o chamaram de cavalo de Flandes, raça que
não existe, exceto em citações históricas, tratando-se, portanto, do Brabantino mesmo.
Embora outras raças tenham sido desenvolvidas a partir deste cavalo, através de
cruzas, sobretudo, com cavalos orientais, o brabantino é
cultivado e selecionado, até os dias atuais, mantendo as
suas características
obviamente, trata-se de um animal de tração, mas a sua
nobreza faz com que os seus atuais criadores, quando
puristas, o reservam para exposições.
Altura: Nórdicos puro, supera 1,70m na cernelha.
Pelagem: Embora outras sejam possíveis, a usual é a do
ruão, mescla de pêlos vermelhos, negros e brancos, com pequenas manchas negras pelo
corpo todo.

Raça de equinos - Bolonhês



O Bolonhês é um dos cavalos mais
harmoniosos cavalos de tiro da
Europa, pois a infusão de sangue
oriental foi muito forte. Assim, apesar
de possuir as características gerais do
animal de tração, como o aspecto
compacto e as pernas curtas e grossas,
com articulações grandes, possui
também um chanfro bastante reto e às
vezes até côncavo, lembrando o perfil
do Árabe. As orelhas são pequenas, o
pescoço poderoso, as crinas são
espessas e a pelagem sedosa é
usualmente tordilha.
Desenvolvido no Norte da França, na região de País de Calais, trata-se do resultado de
inúmeras cruzas através dos séculos, tendo como base o cavalo nórdico (que alguns
preferem denominar das florestas) cujas origens milenares estão na migração do
Berbere que se deslocou para o Oeste pela Europa. Na Idade Média houve grande
infusão de sangue Andaluz, ou seja, mais carga genética de origens Berbere e Árabe.
Como todos os animais nórdicos, a potência foi sempre um elemento primordial a ser
explorado pelo homem primitivo, sendo vital nos seus primeiros esforços agrícolas,
comerciais e militares, lançando mão do cavalo para puxar arados, transportar
carretas de produtos, transportar carretas de produtos e, finalmente, artefatos bélicos.
No caso específico do Bolonhês, contudo, o animal foi utilizado ainda como montaria
na Idade Média, suportando a carga de um cavalheiro com sua pesada armadura
blindada.
Função: Na atualidade, puxar arados em granjas.
Altura: Em torno de 1,62m; no máximo 1,65m.
Pelagem: As pelagens são as básicas, castanha e alazã, mas quase todos se tornam
tordilhos com o tempo.

Raça de equinos - Berbere



Função: É o cavalo de sela ideal nos países
Árabes, sendo, como o Árabe, também um
excelente raçador para formar plantéis de
mestiços de lida ou esporte.
Altura: de 1,52 a 1,60m.
Pelagem: Alazã ou castanha, passível de se
tornar tordilha se pelo menos um dos
genitores também o for.
De uma maneira simplista se poderia dizer
que o Berbere é um Árabe de perfil
acarneirado, ou, então, que o Berbere é um Andaluz menor, portanto, devemos reparar
que o chanfro não é côncavo e que o pescoço é menos sinuoso que o Árabe, embora
haja, ainda, uma leve diferença na garupa: a do Berbere é menos reta, sendo mais
arredondada e, por conseqüência, a inserção do rabo se verifica mais baixa
Tanto o Berbere quanto o Árabe são descendentes diretos do que alguns denominam de
o Cavalo Ágil, ou seja, o Berbere e o Árabe são primos - irmãos, raças puras no
processo evolutivo. Por este motivo, há muitos que confundem as duas estirpes ou
ignoram a denominação de berbere para se referir às duas raças, indistintamente,
como sendo Árabes, simplesmente. Há alguma justificativa para isto: afinal, o que se
considera moderadamente como o mais puro dos cavalos Árabes, que é proveniente dos
desertos egípcios, sem dúvida é descendente da cruza das duas estirpes.
O Berbere foi levado da Ásia, por Tribos nômades, tanto para o Oriente Médio (onde se
encontrou com o Árabe) quanto para o Norte da Europa, prosseguindo para o Sudoeste
até a península ibérica.
Na realidade, tanto no tempo das invasões muçulmanas quanto na cavalaria dos países
Árabes da atualidade, o cavalo utilizado é o Berbere, por seu porte maior.

Raça de equinos - Baio de Cleveland



Função: atualmente, é uma raça muito
utilizada para puxar carruagens reais, servir
de montaria oficial da rainha Elizabeth II, ou
para as caçadas à raposa.
Altura: de 1,52 a 1,61m
Pelagem: Baio é tradução de em inglês,
significando o nosso castanho.
É uma das raças que possui a cabeça convexa,
ou acarneirada, tendo pelagem uniformemente
castanha, embora com eventuais tufos brancos nas extremidades dos membros.
A cabeça é grande, o corpo é poderoso, com ampla cavidade toráxica e quartos
traseiros potentes e cauda de implante alto. Os membros são um tanto curtos mas boa
ossatura.
Trata-se do cavalo que mais se poderia considerar o eqüino autóctone da Inglaterra .
Deve descender de estirpes primordiais, tendo sofrido periódicas cruzas por parte de
animais trazidos por invasores, como os nórdicos dos saxões ou os Andaluzes dos
normandos.
Nos últimos 100 anos sofreu, ainda, alguma infusão de Puro - Sangue Inglês, o que,
contudo, não afetou o seu temperamento, continuando a ser um animal paciente e até
pachorrento, sem o gênio irrequieto do PSI.
O Baio de Cleveland é usado pelas diversas nações, ou tribos, britânicas desde tempos
imemoriais. Já foi conhecido pela denominação de Chapman, e era o animal ideal, nos
vilarejos ingleses, tanto para puxar suas carroças, quanto para ser utilizado montando.
Nos séculos 17 e 18 a sua presença era generalizada na Inglaterra, e muitos nobres que
se dedicaram à formação do PSI, o fizeram cruzando garanhões Árabes com matrizes
de Cleveland, sobretudo em York-Shire

Raça de equinos - Argentino



Função: Animal altamente competitivo para os
esportes amadores.
Altura: Quando atingem de 1,60 a 1,70m são
destinados ao salto ou ao adestramento;
quando menores que 1,50m são destinados ao
pólo.
Pelagem: Alazã, castanha e tordilha.
Animal harmonioso que se confundiria com o
Anglo Árabe se não fosse a chanfro convexo em
vez de reto ou até mesmo côncavo do Anglo- Árabe. Possui porte altivo como um Puro-
Sangue Inglês, embora os indivíduos de conformação ideal sejam mais curtos de dorso
e anca, possuam braços mais verticais e quartelas mais curtas que o PSI.
Originalmente denominado de Anglo- Argentino, este cavalo excepcional para a
prática de esportes amadores resultou da cruza do puro- Sangue Inglês com o Crioulo;
portanto, tem sangue Árabe e Berbere, basicamente, as raças formadoras do PSI e do
Andaluz, este sendo o gerador do Crioulo na América do Sul.
As pastagens Argentinas são mundialmente famosas por sua excelência para a
equinocultura . Além da criação de excepcionais Crioulos, usados precipuamentes na
lida, os argentinos desenvolveram uma raça voltada para o esporte, através da cruza
com o PSI.
Do cavalo de corrida obtiveram o porte e a vivacidade; do crioulo colheram a
resistência e os úmeros mais verticais e quertelas mais curtas, que fazem o animal
perder em velocidade mas ganhar em termos de resistência, sobretudo, nos saltos.
Em 1983, a raça foi oficialmente redenominada de Sela - Argentina, tanto por motivos
políticos resultantes do conflito com a Inglaterra sobre a posse das ilhas Malvinas
quanto para evitar incongruências quando da utilização de linguagens germânicas,
como as Trakehner, Hanoveriana etc., em novas cruzas na atualidade.

Raças de equinos - Ardenês Ardennais



Identificação: Cavalo de tração,
compacto e musculoso, com membros
desproporcionadamente curtos e de
ossatura extremamente larga abaixo
dos joelhos e dos curvilhões . A cabeça
é uniformemente grande e levemente
convexa. A potência do pescoço e dos
músculos, tanto da paleta quanto da
garupa e nádegas, faz parecer que não
há dorso ou anca entre o peito e os
quartos posteriores . As patas são
grandes e peludas.
Carga Genética: Trata-se de uma raça autóctone da França e da Bélgica, uma
linhagem que evoluiu no Norte da Europa a partir da milenar migração do Berbere,
cuja rota se fez da Ásia Central para o Oeste, transformando-se num ramo do chamado
Cavalo Nórdico.
Histórico: A raça possui sua aparência atual há mais de dois mil anos, ao que se sabe,
sendo primordialmente da França e da Bélgica, embora o cavalo das Ardenas tenha
sido levado, posteriormente, para a Suécia também.
Supostamente, trata-se de uma das linhagens autóctones das nações francas,
mencionada por Júlio César em suas narrativas das guerras no que ele chamava de
Gália. Na Suécia, a utilização da raça é recente e a
potência dos animais sofre nas regiões escandinavas mais
frias.
Função: até a era da mecanização, o Ardenês, assim
como outros cavalos de tiro nórdicos, prestou inestimável
contribuição à agricultura.
Nos dias atuais, contudo, seus serviços não estão de todo
dispensados, sendo utilizados em regiões madeireiras de difícil acesso para veículos,
mesmo para tratores.
Altura: na França e na Bélgica, em torno de 1,53m e, na Suécia, pode atingir 1,60m,
sendo, porém, menos compacto e musculoso.
Pelagem: Alazã e castanha, com casos de castanho- interpolado (ruão), ou seja, mescla
de pêlos brancos, negros e vermelhos, ou de brancos e vermelhos, com crinas e
membros negros.

Raça de equinos - Appaloosa



O gene que faz o cavalo malhado é tão antigo
quanto o próprio eqüídeo mas, o crédito pela
criação de uma raça distintiva de pelagem
mosqueada cabe modernamente aos índios Nez
Percé da América do Norte, que vivem no
noroeste Nez Percé da AMérica do Norte, que
viviam no noroeste do atual estado do Oregon.
Suas terras incluíam o vale do rio Palouse (ou
Palousy), e foi o rio que deu nome aos cavalos.
Geneticamente, os animais tinham sangue Árabe, Berbere e a fusão destes com os
autóctones, ibéricos, o Andaluz. Os animais que traziam na sua carga genética esta
peculiaridade de pelagem, provavelmente eram descendentes de Árabes de origem
persa.
Todos os eqüinos das Américas descendem dos cavalos reintroduzidos pelos
conquistadores ibéricos. Os indígenas norte- americanos capturaram eqüinos trazidos
pelos exércitos espanhóis que invadiram o México.
A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis.
Nesse lote havia exemplares de pelagem salpicada descendentes remotos de cavalos da
África Central. Os Nez Percé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam
rigorosas políticas seletivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para
qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente prático.
Em 1877, a tribo e a manada quase foram exterminadas quando o governo da União
ocupou as reservas. Todavia, em 1938, com a fundação do Appaloosa Horse Club, em
Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. Seu registro é hoje o terceiro
mais numeroso do mundo.
No Brasil, a raça foi introduzida pelo criador Carlos Raul Consoni, na década de 70,
em São Paulo.
Um Appaloosa é identificado, de imediato, pelas pintas que apresenta na sua pelagem,
usualmente concentradas numa região do corpo, como a garupa, mas pode apresentarse
com pintas em todo o corpo.
Em termos de estrutura, é semelhante ao Quarto de Milha de lida, ou seja, um animal
mais troncudo do que longilíneo, apresentando sólida ossatura. Os olhos possuem
esclerótica branca em torno da íris; a cabeça de desenho refinado, com caráter
distintivo; a pele do nariz conspicuamente mosqueada; possui lineamente compacto,
com quarto robusto, resultado da introdução de sangue quarto de milha; os membros
são adequados, um pré-requisito de qualidade e os cascos são duros, em geral com
listras verticais. Altura: de 1,42 a 1,52m.
O Appaloosa moderno é reprodutor, mas também animal de competição (corrida e
salto), notável pela resistência, vigor e boa índole.
Praticamente qualquer fundo básico sobre o qual se apresentem as pintas, que podem
ser claras ou escuras, para contrastar. Há cinco pelagens oficiais de Apaloosa: blanket
(cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost
(geada). O Appaloosa é dócil, ágil e vigoroso, um excelente animal de lida, além de ser
cultivado por simples motivos estéticos.