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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Raça de equinos - Crioulo



Trata-se de um animal harmonioso nativo da República Argentina, o crioulo pode ser encontrado, sob formas ligeiramente difrentes e uma grande variedade de nomes. Com o chanfro acarneirado,
herança esta de sua ascendência ibérica, não possui a desproporção que se observa no Andaluz e na maioria dos Mangalargas entre os quartos traseiros Descendente dos animais ibéricos, a garupa genética é a do Berbere e a do Árabe. O cavalo desapareceu dos territórios americanos na Pré Historia, sendo reintroduzido somente na colonização ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, ao México, e para o Sul , até o Peru. Do México, o cavalo espalhou-se pelo que hoje constituiu os Estados Unidos, e, do Peru, o cavalo seguiu para o sul, numa rota paralela à costa do Oceano Pacífico, via Chile, até invadir a Argentina e o Rio grande do Sul, onde o cultivamos, originalmente, no Brasil. Atualmente, a raça está sendo bem difundida em todo território nacional.
Pelagem: Praticamente qualquer uma, predominante o baio gateado ( com estrias escuras nos joelhos e jarretes). A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um báio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha, a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.
Função: Trata-se de excepcional cavalo de lida, potente, dócil e resistente, com incrível capacidade de trabalho e subsistência sob condições. Nos dias atuais, está sendo descoberto pelos praticantes do hipismo rural, com crescente sucesso esportivo. É educado num galope especial, curto, porém continuado, que permite fazer muitos quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, de acordo com os terrenos planos do sul.
PADRÃO DA RAÇA:
1 – CABEÇA:
PERFIL: Sub-Convexo; Retilíneo; Sub-Côncavo
COMPRIMENTO: Curta
GANACHA: Delineada; Forte e moderadamente afastada
LARGURA: Fronte – larga e bem desenvolvida
Chanfro – Largo e curto
ORELHAS: Afastadas; Curtas; Bem inseridas; Com mobilidade
OLHOS: Proeminência; Vivacidade
2 – PESCOÇO:
INSERÇÕES: Cabeça – Limpa e resistente;Tórax – Rigorosamente apoiada no peito
BORDO SUPERIOR: Sub-Convexo; Crinas grossas e abundantes
BORDO INFERIOR: Retilíneo
LARGURA: Amplo; Forte; Musculoso
COMPRIMENTO: Mediano
3 – LINHA SUPERIOR:
CERNELHA: Destaque moderado; Musculosa
DORSO: Mediano; Musculoso; Bem unido a cernelha e ao lombo
LOMBO: Musculoso; Unindo suavemente o dorso e a garupa
GARUPA: Moderadamente larga e comprida; Levemente inclinada proporcionando
boa descida muscular para os posteriores
COLA: Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa.
Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.
4 – TÓRAX, VENTRE E FLANCO:
PEITO: Amplo; Largo; Profundo; Encontros bem separados e musculosos
PALETAS: Inclinação mediana; Comprimento mediano; Musculosas, caracterizando
encontros bem separados
COSTELAS: Arqueadas e profundas
VENTRE: Sub –Convexo, com razoável volume; Perfeitamente unido ao tórax e flanco
FLANCO: Curto; Cheio; Unindo harmonicamente o ventre ao posterior
5 – MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES:
BRAÇOS E COTOVELOS: Musculosos; Braços inclinados; Com cotovelos afastados
do tórax
ANTEBRAÇOS: Musculosos; Aprumados; Afinando-se até o joelho
JOELHOS: Fortes, nítidos, no eixo
CANELAS: Curtas, com tendões fortes e definidos; Aprumadas
BOLETOS: Secos, arredondados, fortes e nítidos; Machinhos na parte posterior
QUARTELAS: De comprimento médio; Fortes, espessas, nítidas e medianamente
inclinadas
CASCOS: De volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e
medianamente inclinados. De preferência, pretos
QUARTOS: Musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e,
musculosas interna e externamente
GARRÕES: Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo
anterior medianamente aberto

Raça de equinos - Campolina



Trata-se de um animal de grande
estatura e marchador. Possue as
características básicas do Marchador
Mangalarga, do qual foi evoluído, mas
em porte mais imponente. A cabeça é
forte e muitas vezes o chanfro é
acarneirado, mais próximo ao perfil do
Crioulo do que propriamente do
Mangalarga, os anteriores são mais
imponentes que os quartos posteriores,
sendo os ombros fortes e inclinados e a cavidade toráxica ampla e profunda, canas
curtas e de bons ossos, mas, proporcionalmente, a garupa é estreita.
A base da raça, o Marchador e, ainda, o Crioulo (que era levado do Rio Grande do Sul
para Minas Gerais) é, proveniente dos animais trazidos da Península Ibérica, portanto,
Berbere e Árabe.
O Criador Cassiano A. da Silva Campolina ganhou uma égua, Medéia, da raça
Marchador Mangalarga, que havia sido cruzada com um garanhão Andaluz, de
Antônio Cruz, que pretendia obter um produto mais robusto. Nasceu um potro,
Monarca, do qual se desenvolveu a raça, recebendo infusões de sangue Anglo -
Normando (do Garanhão Menelicke e, posteriormente, de PSI.)
Originalmente, o Campolina foi utilizado para a tração de tróleis e carruagens.
Atualmente, é um excelente animal para o lazer, reunindo o conforto da marcha ao
porte robusto para passeios rurais.
Altura: Se provir de boa criação, atinge 1,65m. Pelagem: Além das básicas, alazã e
castanha, há a báia, de cor amarelada, crinas e membros negros e , às vezes, zebruras
listras, raia da cernelha à garupa, etc.

Raça de equinos - Búlgaro



Também conhecido como Búlgaro
Oriental, trata-se de um Anglo -
Árabe, na realidade! As
características são as uma estrutura
longilínea, altiva, chanfro reto às
vezes até côncavo; a garupa
horizontal do Árabe e a espádua
oblíqua do PSI.
A mesma do Anglo - Árabe e Berbere
com o autóctone britânico,
descendente do Berbere préhistórico.
Há numerosos países que desenvolvem supostas raças nacionais que, na realidade, não
passam de uma versão local de outra raça. Obviamente, tais supostas raças precisam
entrar em trabalhos como este, já que possuem registro. Em alguns países, a raça ao
menos é formada em diversas etapas, recebendo diferentes infusões periódicas de
numerosas raças, na procura de determinado padrão. Isto foi feito, no Brasil, em
relação ao Campolina, e atualmente do Brasileiro de Hipismo. Contudo, o Búlgaro é
simplesmente um Anglo Árabe , sem qualquer outra influência racial. Trata-se de
animal criado pela Fazenda Estatal Vassil Kolarov.
Função: Os animais são empregados tanto no salto, embora não possuam estatura
recomendável, quanto em corridas de obstáculos, para as quais são ideais, unindo a
velocidade do PSI à resistência do Árabe.
Altura: Embora o haras estatal só introduza novas cruzas com PSI na atualidade, a
média é de 1,53m.
Pelagem: As usuais alazã e castanha. Por motivos de preferência estética, os búlgaros
concentram a seleção em pelagens alazã e castanho praticamente negro, desprezando o
castanho comum, de tom marrom :

Raça de equinos - Bretão de Tiro



O Bretão é um animal nativo da região bretã francesa e
foi sendo cruzado, através dos tempos, com as demais
raças de tiro, como as raças Percheron, Ardenesa e
Bolonhesa. Da tração de coches, após cruzas com o
Hackney e o Tratador Norfolk. As cruzas com Árabe e o
Puro -Sangue Inglês resultaram em um Bretão para
charretes e até mesmo a montaria.
O Chamado Bretão de Tiro, que pode atingir até a altura de 1,60m ainda usado na
agricultura; o tratador ainda potente, com 1,50m de altura, serve para as carruagens e,
finalmente, o Bretão, que alguns apelidaram de Corlay, com 1,52m, serve para
montaria.
A herança genética do Bretão é a mesma dos demais cavalos nórdicos, ou seja, do
Berbere pré-histórico que veio da Ásia para a Europa pela rota das estepes e originou
os chamados cavalos da floresta. Na atualidade, o Bretão sofreu infusões de sangues
oriental e Anglo - saxão.
Altura: Como vemos acima, pelas funções a que se
destinam determinadas criações, o animal pesado de
tiro não deve variar muito de 1,60m, assim como o de
tração a trote não deve variar muito de 1,50m. Contudo,
o tipo mais leve pode perder porte até cair a 1,48m.
Pelagem: Temos básicas, alazã e castanha, com grande ocorrência do ruão, mescla de
pêlos vermelhos, negros e brancos. Contudo, é muito rara a aparição do castanho
quase negro, como se desconhece o tordilho.
O pescoço correspondente ao conjunto, é curto, grosso e arqueado. As orelhas são
pequenas e móveis. A cabeça é quadrada e de perfil reto. A anca são largas e
quadradas, com musculatura acentuada e movimentação particularmente franca e
livre. As pernas são curtas e fortes, com pouco plumagem e os pés duros, bem formados
e não muito grandes. A cauda, costuma-se encurtar como a do norman cob.

Raça de equinos - BRABANTINO (Brabant)



 O Brabantino é possuidor das usuais
características dos potentes cavalos de
tração, com o pescoço bem
desenvolvido, conjunto dorso/anca bem
curto, pernas curtas e grossas, etc.
Contudo, para os que já ,conseguem ir
sentindo as pequenas nuanças da
conformação eqüina, não é difícil
distinguir o Brabantino dos demais
pela sua cabeça desproporcionalmente
pequena em relação ao corpo, e por sua grande estatura.
o Brabantino é tido por muitas autoridades como o verdadeiro chefe de raça de todos
os cavalos nórdicos, o primordial cavalo das florestas que se desenvolveu a partir do
Berbere pré - histórico.
Como o original cavalo dito de sangue frio ( mera expressão referente à região nórdica
a ao temperamento frio), o Brabantino foi a base dos demais cavalos pesados da
Bélgica, do Norte da França, etc. Alguns o chamaram de cavalo de Flandes, raça que
não existe, exceto em citações históricas, tratando-se, portanto, do Brabantino mesmo.
Embora outras raças tenham sido desenvolvidas a partir deste cavalo, através de
cruzas, sobretudo, com cavalos orientais, o brabantino é
cultivado e selecionado, até os dias atuais, mantendo as
suas características
obviamente, trata-se de um animal de tração, mas a sua
nobreza faz com que os seus atuais criadores, quando
puristas, o reservam para exposições.
Altura: Nórdicos puro, supera 1,70m na cernelha.
Pelagem: Embora outras sejam possíveis, a usual é a do
ruão, mescla de pêlos vermelhos, negros e brancos, com pequenas manchas negras pelo
corpo todo.

Raça de equinos - Bolonhês



O Bolonhês é um dos cavalos mais
harmoniosos cavalos de tiro da
Europa, pois a infusão de sangue
oriental foi muito forte. Assim, apesar
de possuir as características gerais do
animal de tração, como o aspecto
compacto e as pernas curtas e grossas,
com articulações grandes, possui
também um chanfro bastante reto e às
vezes até côncavo, lembrando o perfil
do Árabe. As orelhas são pequenas, o
pescoço poderoso, as crinas são
espessas e a pelagem sedosa é
usualmente tordilha.
Desenvolvido no Norte da França, na região de País de Calais, trata-se do resultado de
inúmeras cruzas através dos séculos, tendo como base o cavalo nórdico (que alguns
preferem denominar das florestas) cujas origens milenares estão na migração do
Berbere que se deslocou para o Oeste pela Europa. Na Idade Média houve grande
infusão de sangue Andaluz, ou seja, mais carga genética de origens Berbere e Árabe.
Como todos os animais nórdicos, a potência foi sempre um elemento primordial a ser
explorado pelo homem primitivo, sendo vital nos seus primeiros esforços agrícolas,
comerciais e militares, lançando mão do cavalo para puxar arados, transportar
carretas de produtos, transportar carretas de produtos e, finalmente, artefatos bélicos.
No caso específico do Bolonhês, contudo, o animal foi utilizado ainda como montaria
na Idade Média, suportando a carga de um cavalheiro com sua pesada armadura
blindada.
Função: Na atualidade, puxar arados em granjas.
Altura: Em torno de 1,62m; no máximo 1,65m.
Pelagem: As pelagens são as básicas, castanha e alazã, mas quase todos se tornam
tordilhos com o tempo.

Raça de equinos - Berbere



Função: É o cavalo de sela ideal nos países
Árabes, sendo, como o Árabe, também um
excelente raçador para formar plantéis de
mestiços de lida ou esporte.
Altura: de 1,52 a 1,60m.
Pelagem: Alazã ou castanha, passível de se
tornar tordilha se pelo menos um dos
genitores também o for.
De uma maneira simplista se poderia dizer
que o Berbere é um Árabe de perfil
acarneirado, ou, então, que o Berbere é um Andaluz menor, portanto, devemos reparar
que o chanfro não é côncavo e que o pescoço é menos sinuoso que o Árabe, embora
haja, ainda, uma leve diferença na garupa: a do Berbere é menos reta, sendo mais
arredondada e, por conseqüência, a inserção do rabo se verifica mais baixa
Tanto o Berbere quanto o Árabe são descendentes diretos do que alguns denominam de
o Cavalo Ágil, ou seja, o Berbere e o Árabe são primos - irmãos, raças puras no
processo evolutivo. Por este motivo, há muitos que confundem as duas estirpes ou
ignoram a denominação de berbere para se referir às duas raças, indistintamente,
como sendo Árabes, simplesmente. Há alguma justificativa para isto: afinal, o que se
considera moderadamente como o mais puro dos cavalos Árabes, que é proveniente dos
desertos egípcios, sem dúvida é descendente da cruza das duas estirpes.
O Berbere foi levado da Ásia, por Tribos nômades, tanto para o Oriente Médio (onde se
encontrou com o Árabe) quanto para o Norte da Europa, prosseguindo para o Sudoeste
até a península ibérica.
Na realidade, tanto no tempo das invasões muçulmanas quanto na cavalaria dos países
Árabes da atualidade, o cavalo utilizado é o Berbere, por seu porte maior.

Raça de equinos - Baio de Cleveland



Função: atualmente, é uma raça muito
utilizada para puxar carruagens reais, servir
de montaria oficial da rainha Elizabeth II, ou
para as caçadas à raposa.
Altura: de 1,52 a 1,61m
Pelagem: Baio é tradução de em inglês,
significando o nosso castanho.
É uma das raças que possui a cabeça convexa,
ou acarneirada, tendo pelagem uniformemente
castanha, embora com eventuais tufos brancos nas extremidades dos membros.
A cabeça é grande, o corpo é poderoso, com ampla cavidade toráxica e quartos
traseiros potentes e cauda de implante alto. Os membros são um tanto curtos mas boa
ossatura.
Trata-se do cavalo que mais se poderia considerar o eqüino autóctone da Inglaterra .
Deve descender de estirpes primordiais, tendo sofrido periódicas cruzas por parte de
animais trazidos por invasores, como os nórdicos dos saxões ou os Andaluzes dos
normandos.
Nos últimos 100 anos sofreu, ainda, alguma infusão de Puro - Sangue Inglês, o que,
contudo, não afetou o seu temperamento, continuando a ser um animal paciente e até
pachorrento, sem o gênio irrequieto do PSI.
O Baio de Cleveland é usado pelas diversas nações, ou tribos, britânicas desde tempos
imemoriais. Já foi conhecido pela denominação de Chapman, e era o animal ideal, nos
vilarejos ingleses, tanto para puxar suas carroças, quanto para ser utilizado montando.
Nos séculos 17 e 18 a sua presença era generalizada na Inglaterra, e muitos nobres que
se dedicaram à formação do PSI, o fizeram cruzando garanhões Árabes com matrizes
de Cleveland, sobretudo em York-Shire

Raça de equinos - Argentino



Função: Animal altamente competitivo para os
esportes amadores.
Altura: Quando atingem de 1,60 a 1,70m são
destinados ao salto ou ao adestramento;
quando menores que 1,50m são destinados ao
pólo.
Pelagem: Alazã, castanha e tordilha.
Animal harmonioso que se confundiria com o
Anglo Árabe se não fosse a chanfro convexo em
vez de reto ou até mesmo côncavo do Anglo- Árabe. Possui porte altivo como um Puro-
Sangue Inglês, embora os indivíduos de conformação ideal sejam mais curtos de dorso
e anca, possuam braços mais verticais e quartelas mais curtas que o PSI.
Originalmente denominado de Anglo- Argentino, este cavalo excepcional para a
prática de esportes amadores resultou da cruza do puro- Sangue Inglês com o Crioulo;
portanto, tem sangue Árabe e Berbere, basicamente, as raças formadoras do PSI e do
Andaluz, este sendo o gerador do Crioulo na América do Sul.
As pastagens Argentinas são mundialmente famosas por sua excelência para a
equinocultura . Além da criação de excepcionais Crioulos, usados precipuamentes na
lida, os argentinos desenvolveram uma raça voltada para o esporte, através da cruza
com o PSI.
Do cavalo de corrida obtiveram o porte e a vivacidade; do crioulo colheram a
resistência e os úmeros mais verticais e quertelas mais curtas, que fazem o animal
perder em velocidade mas ganhar em termos de resistência, sobretudo, nos saltos.
Em 1983, a raça foi oficialmente redenominada de Sela - Argentina, tanto por motivos
políticos resultantes do conflito com a Inglaterra sobre a posse das ilhas Malvinas
quanto para evitar incongruências quando da utilização de linguagens germânicas,
como as Trakehner, Hanoveriana etc., em novas cruzas na atualidade.

Raças de equinos - Ardenês Ardennais



Identificação: Cavalo de tração,
compacto e musculoso, com membros
desproporcionadamente curtos e de
ossatura extremamente larga abaixo
dos joelhos e dos curvilhões . A cabeça
é uniformemente grande e levemente
convexa. A potência do pescoço e dos
músculos, tanto da paleta quanto da
garupa e nádegas, faz parecer que não
há dorso ou anca entre o peito e os
quartos posteriores . As patas são
grandes e peludas.
Carga Genética: Trata-se de uma raça autóctone da França e da Bélgica, uma
linhagem que evoluiu no Norte da Europa a partir da milenar migração do Berbere,
cuja rota se fez da Ásia Central para o Oeste, transformando-se num ramo do chamado
Cavalo Nórdico.
Histórico: A raça possui sua aparência atual há mais de dois mil anos, ao que se sabe,
sendo primordialmente da França e da Bélgica, embora o cavalo das Ardenas tenha
sido levado, posteriormente, para a Suécia também.
Supostamente, trata-se de uma das linhagens autóctones das nações francas,
mencionada por Júlio César em suas narrativas das guerras no que ele chamava de
Gália. Na Suécia, a utilização da raça é recente e a
potência dos animais sofre nas regiões escandinavas mais
frias.
Função: até a era da mecanização, o Ardenês, assim
como outros cavalos de tiro nórdicos, prestou inestimável
contribuição à agricultura.
Nos dias atuais, contudo, seus serviços não estão de todo
dispensados, sendo utilizados em regiões madeireiras de difícil acesso para veículos,
mesmo para tratores.
Altura: na França e na Bélgica, em torno de 1,53m e, na Suécia, pode atingir 1,60m,
sendo, porém, menos compacto e musculoso.
Pelagem: Alazã e castanha, com casos de castanho- interpolado (ruão), ou seja, mescla
de pêlos brancos, negros e vermelhos, ou de brancos e vermelhos, com crinas e
membros negros.

Raça de equinos - Appaloosa



O gene que faz o cavalo malhado é tão antigo
quanto o próprio eqüídeo mas, o crédito pela
criação de uma raça distintiva de pelagem
mosqueada cabe modernamente aos índios Nez
Percé da América do Norte, que vivem no
noroeste Nez Percé da AMérica do Norte, que
viviam no noroeste do atual estado do Oregon.
Suas terras incluíam o vale do rio Palouse (ou
Palousy), e foi o rio que deu nome aos cavalos.
Geneticamente, os animais tinham sangue Árabe, Berbere e a fusão destes com os
autóctones, ibéricos, o Andaluz. Os animais que traziam na sua carga genética esta
peculiaridade de pelagem, provavelmente eram descendentes de Árabes de origem
persa.
Todos os eqüinos das Américas descendem dos cavalos reintroduzidos pelos
conquistadores ibéricos. Os indígenas norte- americanos capturaram eqüinos trazidos
pelos exércitos espanhóis que invadiram o México.
A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis.
Nesse lote havia exemplares de pelagem salpicada descendentes remotos de cavalos da
África Central. Os Nez Percé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam
rigorosas políticas seletivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para
qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente prático.
Em 1877, a tribo e a manada quase foram exterminadas quando o governo da União
ocupou as reservas. Todavia, em 1938, com a fundação do Appaloosa Horse Club, em
Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. Seu registro é hoje o terceiro
mais numeroso do mundo.
No Brasil, a raça foi introduzida pelo criador Carlos Raul Consoni, na década de 70,
em São Paulo.
Um Appaloosa é identificado, de imediato, pelas pintas que apresenta na sua pelagem,
usualmente concentradas numa região do corpo, como a garupa, mas pode apresentarse
com pintas em todo o corpo.
Em termos de estrutura, é semelhante ao Quarto de Milha de lida, ou seja, um animal
mais troncudo do que longilíneo, apresentando sólida ossatura. Os olhos possuem
esclerótica branca em torno da íris; a cabeça de desenho refinado, com caráter
distintivo; a pele do nariz conspicuamente mosqueada; possui lineamente compacto,
com quarto robusto, resultado da introdução de sangue quarto de milha; os membros
são adequados, um pré-requisito de qualidade e os cascos são duros, em geral com
listras verticais. Altura: de 1,42 a 1,52m.
O Appaloosa moderno é reprodutor, mas também animal de competição (corrida e
salto), notável pela resistência, vigor e boa índole.
Praticamente qualquer fundo básico sobre o qual se apresentem as pintas, que podem
ser claras ou escuras, para contrastar. Há cinco pelagens oficiais de Apaloosa: blanket
(cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost
(geada). O Appaloosa é dócil, ágil e vigoroso, um excelente animal de lida, além de ser
cultivado por simples motivos estéticos.

Raça de equinos - Árabe


O cavalo da raça Árabe é rapidamente identificado pela cabeça delicada, com seu perfil côncavo, olhos expressivos, orelhas pequenas e focinho curto. Igualmente, outra característica marcante é formado do pescoço e o seu porte: sinuoso e arqueado, chamado de cisne, e o cavalo o torna mais
expressivo, elevando a cabeça. Finalmente, sua garupa é praticamente reta e o rabo, com inserção alta, é levantado pelo animal, como que desfraldando a cauda. Carga Genética: Trata-se da raça básica que deu carga genética às demais cultivadas na atualidade.
Quando o cavalo evoluiu, através de milhões de anos, desde a Pré- História, partiu da
Ásia Central uma linhagem de animais delicados e exuberantes, denominados por
muitos pesquisadores como o Cavalo Ágil. Esta linhagem desceu para os desertos da
península arábica e, posteriormente, pelo Egito, chegou aos desertos do Norte da
África.

As invasões muçulmanas e os animais capturados por Europeus em combate com os árabes, difundiram a raça por toda a parte. A criação teve seu auge nos sultanatos turcos, depois decaiu com o fim do Império turco, para ressurgir graças ao interesse de criadores europeus. Trata-se de um grande raçador, dando nobreza aos produtos resultantes de sua cruza com equinos de raças mais rudes; nos esportes, sua fantástica resistência é quase insuperável. O Cavalo Árabe tem uma cabeça pequena e côncava, percoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Altura: de 1,42 a 1,51m, embora os puristas não aceitem mais de 1,45m como ideal. Pelagem: Castanha ou alazã, passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos genitores o for.

PADRÃO DA RAÇA: (ABCCA)
Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao
deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram
privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso
foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de
geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre
eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais
perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.
Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas espécimes de animais do
deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma
excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus
predadores.
Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou está
excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se
encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas
mais secos como no deserto.
Maxilares - O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no
cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida
traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação
de ar.
Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito
mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento
da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a
traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células
vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio
mais eficientemente.
Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza
ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos
reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do
cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais
rapidamente.
Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele
quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar,
resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em
longas jornadas.
Crina - Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o
pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do
reflexo e da poeira.
Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do
deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho
e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos
pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente
comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas
jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas
gramas e ervas.
Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras
lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o
pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos
proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo
Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco
vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual
número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe
que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis.
Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da cauda é resultado da
singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à
parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças
que se inclina para baixo.
A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da
raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito
admiradas pelos beduínos.
Jibbah - é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros
possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal
proporcionando maior capacidade respiratória.
Afnas - O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro é a depressão no osso
frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil
da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza,
nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje
nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é
considerada boa e típica quando possui:olhos grandes, salientes, bem separados e
situados logo abaixo da testa;testa larga;narinas grandes e flexíveis;cabeça
descarnada e seca;a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz.Os chamados "olhos
humanos" ou "branco nos olhos" no qual é visível a esclerótica branca em torno da íris
é um ponto polêmico na criação do cavalo Árabe. Margaret Greeley em seu livro
"Arabian Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o branco nos olhos não era um sinal
de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica desejada pelos beduínos.
Muitos juízes e criadores modernos, no entando, desgostam e penalizam os cavalos que
possuem essa característica a despeito do fato dela aparecer em certas antigas e
valiosas linhagens.

Raça de equinos - Anglo-Normando



Trata-se de animal garboso e harmonioso, como se imagina que seja um Puro -Sangue Inglês, do qual difere, contudo, por ter o dorso e a anca mais curtos e a garupa mais musculosa. Os membros possuem boa ossatura e são mais curtos nas canas e abaixo dos curvilhões, que os do longilíneo modelo clássico do Puro - Sangue Inglês. Sangue autóctone da normândia, provavelmente do Berbere primordial, com infusões de sangue praticamente similar de regiões germânicas e escandinavas, além de cruzas com cavalos Árabes trazidos por conquistadores, desde os tempos de César. Modernamente, a raça, que era de porte mais pesado na idade Média, foi agilizada por seguidas cruzas com o Puro - Sangue Inglês, visando a obtenção de cavalos de salto. O que se poderia chamar, simplesmente, de cavalo Normando já existia há mil anos, sendo utilizado para a tração. Muitos foram, inclusive, levados à Inglaterra por Guilherme, o conquistador, após a consolidação de sua soberania na Ilha. As cruzas com animais germânicos e escandinavos datam do final da Idade Média , no século 17, resultando em cavalos militares potentes porém mais ágeis que animais de tração. Com o fim das armaduras, houve necessidade de maior agilidade e menor capacidade para suportar peso. No início do século 19, Napoleão Bonaparte reativou a remonta
militar e o emprego do Puro- Sangue Inglês foi incrementado. Com a mecanização da Cavalaria e a desativação do animal para fins militares, novas dosagens de PSI foram dadas para agilizar ainda mais a raça no esporte.
Função: Perfeito animal de sela para os esportes amadores, sobretudo o salto.
Altura: de 1,52 a 1,65m.
Pelagem: Usualmente alazã ou castanha.

Raça de equinos - Anglo Árabe



Trata-se de um cavalo com características que podem enganar até um perito, à primeira vista.
O Puro - Sangue Inglês, que descende do Árabe, ainda apresenta indivíduos com características
marcantes do cavalo Árabe. Como o Anglo- Árabe é produto da reintrodução do sangue Árabe no PSI, pode haver dúvidas se determinado animal seria um Anglo- Árabe de porte elevado, ou um Puro - Sangue Inglês apresentando fortes características de sua origem Árabe.
Carga genética: A cruza de um animal Árabe com um Puro - Sangue Inglês resulta em
um produto que obtera registro como um Puro - Sangue Anglo - Árabe. Contudo, não é
só o produto com 50% de cada raça que obtém registro: nos vários países onde criam
estes animais, admite-se nova cruza com uma das duas raças tendo o produto 75% de
carga genética de uma raça e 25% da outra. Em alguns países é permitida mais uma
cruza, reduzindo a 12,5% a carga de uma das raças.
Histórico: Criadores europeus, sobretudo ingleses, franceses e poloneses, decidiram
dar nova infusão de sangue Árabe no PSI para torná-lo mais resistente para esportes
amadores, como o salto, além de reduzir o temperamento nervoso do PSI . Note-se que
a nova infusão de sangue Árabe visa somente a animais com maior resistência, pois em
termos de velocidade, para o turfe, o produto perde em rendimento.
Função: O esporte amador, em geral, reunindo o porte e a energia do PSI à resistência
e docilidade do Árabe.
Altura: de 1,5 a 1,65m se utilizados reprodutores de porte ideal.
Pelagem: Alazã ou castanha, passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos
genitores o forem.

Raça de equinos - Altér-Real



O Altér-real é uma raça Portuguesa relativamente desconhecida que foi desenvolvida para servir a realeza. Foi trazida para o Brasil por D. João VI, no tempo de seu reinado.
História
O surgimento da raça Altér-real começou em 1748 pela Casa de Braganza em Villa do Portel. O
objetivo era prover cavalos para os Estábulos Reais em Lisboa que eram excelentes cavalos para equitação clássica, e também, para carruagem. Depois de 8 anos a coudelaria foi transferida para Altér, uma cidade conhecida por terra rica mineral e um alto conteúdo de nutriente em seus pastos. Isso explica a primeira parte do nome, como para Real que é em função da realeza portuguesa. A primeira coudelaria tinha 300 das mais finas éguas andaluzas levadas para Portugal da região de Jerez de La Frontera, o mais famoso centro espanhol de criação e, garanhões Árabes. Floresceu em Alter, fornecendo montarias para a corte, e a raça ficou conhecida graças às apresentações promovidas em Lisboa. No começo do século XIX, todavia, muitos dos cavalos se perderam ou foram roubados com o saque do haras pelas tropas napoleônicas do general Junot (1804-14). Em 1834, outros desastres sobrevieram e culminaram com o fechamento dos estábulos reais. Uma reorganização chegou a ser ensaiada sob D. Maria Pia, no fim do século, com a introdução de sangue estrangeiro - inglês, normando, hanoveriano e, principalmente árabe. Os experimentos foram mal sucedidos e a raça quase se arruinou. No final do século a raça foi salva pela importação de cavalos andaluzes. Os arquivos dos estábulos foram destruídos com o advento da republica (1910). Quando a monarquia em Portugal acabou, a coudelaria também acabou, e por conseqüência a raça, teria desaparecido. Dr. Ruy d'Andrade, a maior autoridade eqüestre de Portugal, previu isto, então ele continuou com uma pequena criação de Altér-real, e seus sucessores surgiram de 2 garanhões.
Em 1932 o Ministério da Economia tomou a iniciativa de reconstituir a criação dos alter-reais. Desde então a raça foi melhorada selecionando éguas adequadas e usando só os melhores garanhões. Ainda não há muito Altér-real, mas eles não estão em perigo de extinção. Esta raça é uma parte da herança cultural de Portugal.
Características
Dizem que hoje o Altér-Real se parecem a raça original do início de 1700 e, a despeito das vicissitudes por que a raça passou, o alter moderno, virtualmente andaluz outra vez, sobrevive como um cavalo valente, de extravagante, vistosa, altamente apropriada à Haute Ecole. Sua altura esta entre 15 e 16 hh e, as cores primárias são baía, marrom e cinza. O pescoço é curvado, musculoso, pequeno e naturalmente alto. A cabeça se assemelha ao Andaluz o e é freqüentemente definida como nobre mas comparativamente pequena, com perfil reto ou levemente convexo. Um jarrete poderoso, bem colocado. A cauda é de crina farta , luxuriantes. O corpo é compacto e curto e a garupa se inclina com rabo de baixo inserção. Eles são inteligentes, sensíveis de grande coragem e seu caráter é próprio e inconfundível.

Raça de equinos - Akhal-Teke



PELAGEM: Predominantemente alazãdourada, mas há incidência de castanhos e tordilhos e ocasionais pintas brancas sobre a pelagem básica.
FUNÇÃO: Todas. As tribos usam o cavalo para a lida e para o lazer, inclusive corridas e práticas de salto.
Origem: 3.000-2.000 a.C.
Temperamento: Sangue quente
Meio Ambiente: Deserto
Características:
_ Olhos grandes;
_ Narinas bem abertas, o que resulta numa expressão atrevida;
_ Pernas longas e magras, com juntas altas em relação ao solo;
_ Corpo longo, estreito, tubular;
_ Cabeça elegante de perfil retilíneo. Cabeça num ângulo de 45º
_ Pescoço comprido e fino, posto muito alto e levado quase verticalmente ao corpo;
_ pouca profundidade à altura da barrigueira, devido ao comprimento excepcional das pernas.
O akhal-teke é um cavalo de estatura mediana, quase sempre de pelagem dourada, com um físico mais longo do que encorpado. Tem todas as características do cavalo do deserto: magro de pele fina, resistente ao calor. A cabeça possui um perfil reto, a ganacha é desproporcionalmente larga em
relação ao focinho e as orelhas são grandes. A cernelha é acentuada e a garupa é caida, com a resultante inserção baixa da cauda. De um modo geral, esta raça exibem permanente agressividade, com as orelhas para trás,achatadas contra a cabeça, e edentes à mostra. Talvez haja até uma relação entre o akhal-teke e o árabe munaghi, raça de cavalos de corrida. O akhal-teke existe há mais de 3 mil anos na área da atual Turcomênia. É oriundo dos oásis do deserto de KaraKum, com suas colinas áridase suas depressões. O principal centro de criação fica em Ashkahabad, no sopé dos montes Kopet-Dag, a 30 km da fronteira com o Irâ.
A raça contribuiu para o aperfeiçoamento de muitas outras sem ser influenciada por nenhuma. Os turcomanos tinham o akhal-teke como cavalo de corridas, preparando-o para isso com extremo cuidado: dieta de alfafa, bolas de gordura de carneiro, ovos, cevada e bolos de farinha. Para defendê-los do calor e do frio, esses corredores eram envolvidos pelos seus criadores em mantas de feltro.
O akhal-teke não se ajusta aos padrões ocidentais. O cavalo tem robustez e resistência sem limites, e seu desempenho, cobrindo distâncias imensas em condições desérticas, é excepcional.
Conta-se que um animal cobriu 4.152 km em 84 dias, distância entre Ashkabad e Moscou, atravessando mais de 400 km de deserto, com ração mínima de alimento e água.