O cavalo da raça Árabe é rapidamente identificado pela
cabeça delicada, com seu perfil côncavo, olhos expressivos, orelhas pequenas e
focinho curto. Igualmente, outra característica marcante é formado do pescoço e
o seu porte: sinuoso e arqueado, chamado de cisne, e o cavalo o torna mais
expressivo, elevando a cabeça. Finalmente, sua garupa é
praticamente reta e o rabo, com inserção alta, é levantado pelo animal, como
que desfraldando a cauda. Carga Genética: Trata-se da raça básica que deu carga
genética às demais cultivadas na atualidade.
Quando o cavalo evoluiu, através de milhões de anos, desde a
Pré- História, partiu da
Ásia Central uma linhagem de animais delicados e
exuberantes, denominados por
muitos pesquisadores como o Cavalo Ágil. Esta linhagem
desceu para os desertos da
península arábica e, posteriormente, pelo Egito, chegou aos
desertos do Norte da
África.
As invasões muçulmanas e os animais capturados por Europeus
em combate com os árabes, difundiram a raça por toda a parte. A criação teve
seu auge nos sultanatos turcos, depois decaiu com o fim do Império turco, para
ressurgir graças ao interesse de criadores europeus. Trata-se de um grande
raçador, dando nobreza aos produtos resultantes de sua cruza com equinos de
raças mais rudes; nos esportes, sua fantástica resistência é quase insuperável.
O Cavalo Árabe tem uma cabeça pequena e côncava, percoço arqueado, linha de garupa
horizontal e cauda levantada de inserção alta. Altura: de 1,42 a 1,51m, embora
os puristas não aceitem mais de 1,45m como ideal. Pelagem: Castanha ou alazã,
passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos genitores o for.
PADRÃO DA RAÇA: (ABCCA)
Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam
de sua adaptação ao
deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação
primitiva que foram
privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande
sabedoria pelos beduínos. Isso
foi realizado com tal maestria através de conceitos e
ensinamentos passados de
geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo
ou compêndio sobre
eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro
Sangue Árabe é o mais
perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.
Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas
espécimes de animais do
deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por
prover o animal de uma
excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos
Árabes dos ataques de seus
predadores.
Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando
ele corre ou está
excitado, proporcionam uma grande captação de ar.
Normalmente as narinas se
encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da
respiração nos climas
mais secos como no deserto.
Maxilares - O tamanho e a grande separação entre os
maxilares ou ganachas no
cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de
sua desenvolvida
traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação
para aumentar a captação
de ar.
Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do
cavalo Árabe é muito
mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao
galope. O alto carregamento
da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis
narinas e alongando a
traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior
número de células
vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo
Árabe usa o oxigênio
mais eficientemente.
Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é
visível devido à delicadeza
ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele
escura em torno dos olhos
reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra
queimaduras. A fina pele do
cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor
resfriando o cavalo mais
rapidamente.
Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por
saltarem à flor da pele
quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em
contato com o ar,
resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando
maior conforto em
longas jornadas.
Crina - Os pêlos da crina são normalmente finos e longos,
protegendo a cabeça e o
pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa
também protege os olhos do
reflexo e da poeira.
Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser
creditado de sua herança do
deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho
para o admirado tamanho
e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são
resultados dos ralos
pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam
apenas esporadicamente
comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto
seguiam em suas longas
jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de
pequenas porções de ralas
gramas e ervas.
Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes possuem
apenas cinco vértebras
lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa
vértebra a menos explica o
pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes
pesos
proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas
autoridades do cavalo
Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos
que possuem cinco
vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até
hoje não é sabido qual
número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há
evidência de que o Árabe
que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o
que possui seis.
Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da
cauda é resultado da
singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira
vértebra da cauda, que se liga à
parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao
contrário de outras raças
que se inclina para baixo.
A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das
principais marcas do tipo da
raça. O clássico perfil é marcado por duas características:
jibbah e afnas, muito
admiradas pelos beduínos.
Jibbah - é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os
cavalo Árabes maduros
possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o
tamanho da cavidade nasal
proporcionando maior capacidade respiratória.
Afnas - O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O
chanfro é a depressão no osso
frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta
uma curva côncava no perfil
da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como
um aspecto de beleza,
nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da
mesma forma que hoje
nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil.
Mas uma cabeça é
considerada boa e típica quando possui:olhos grandes,
salientes, bem separados e
situados logo abaixo da testa;testa larga;narinas grandes e
flexíveis;cabeça
descarnada e seca;a expressão geral é alerta, inteligente e
vivaz.Os chamados "olhos
humanos" ou "branco nos olhos" no qual é
visível a esclerótica branca em torno da íris
é um ponto polêmico na criação do cavalo Árabe. Margaret
Greeley em seu livro
"Arabian Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o
branco nos olhos não era um sinal
de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica
desejada pelos beduínos.
Muitos juízes e criadores modernos, no entando, desgostam e
penalizam os cavalos que
possuem essa característica a despeito do fato dela aparecer
em certas antigas e
valiosas linhagens.
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