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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Raça de equinos - Árabe


O cavalo da raça Árabe é rapidamente identificado pela cabeça delicada, com seu perfil côncavo, olhos expressivos, orelhas pequenas e focinho curto. Igualmente, outra característica marcante é formado do pescoço e o seu porte: sinuoso e arqueado, chamado de cisne, e o cavalo o torna mais
expressivo, elevando a cabeça. Finalmente, sua garupa é praticamente reta e o rabo, com inserção alta, é levantado pelo animal, como que desfraldando a cauda. Carga Genética: Trata-se da raça básica que deu carga genética às demais cultivadas na atualidade.
Quando o cavalo evoluiu, através de milhões de anos, desde a Pré- História, partiu da
Ásia Central uma linhagem de animais delicados e exuberantes, denominados por
muitos pesquisadores como o Cavalo Ágil. Esta linhagem desceu para os desertos da
península arábica e, posteriormente, pelo Egito, chegou aos desertos do Norte da
África.

As invasões muçulmanas e os animais capturados por Europeus em combate com os árabes, difundiram a raça por toda a parte. A criação teve seu auge nos sultanatos turcos, depois decaiu com o fim do Império turco, para ressurgir graças ao interesse de criadores europeus. Trata-se de um grande raçador, dando nobreza aos produtos resultantes de sua cruza com equinos de raças mais rudes; nos esportes, sua fantástica resistência é quase insuperável. O Cavalo Árabe tem uma cabeça pequena e côncava, percoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Altura: de 1,42 a 1,51m, embora os puristas não aceitem mais de 1,45m como ideal. Pelagem: Castanha ou alazã, passível de tornar-se tordilha se pelo menos um dos genitores o for.

PADRÃO DA RAÇA: (ABCCA)
Muitas das atuais características do cavalo árabe resultam de sua adaptação ao
deserto. São, com certeza, aspectos de sua conformação primitiva que foram
privilegiados, selecionados e desenvolvidos com grande sabedoria pelos beduínos. Isso
foi realizado com tal maestria através de conceitos e ensinamentos passados de
geração para geração durante milênios, que nenhum hipólogo ou compêndio sobre
eqüinos se recusa ou mesmo titubeia em afirmar que o Puro Sangue Árabe é o mais
perfeito animal e o verdadeiro protótipo do cavalo de sela.
Os olhos - Os olhos do cavalo árabe são típicos de muitas espécimes de animais do
deserto. Grandes e salientes, eles são responsáveis por prover o animal de uma
excelente visão, a qual alertava os primitivos cavalos Árabes dos ataques de seus
predadores.
Narinas - As narinas do cavalo Árabe que se dilatam quando ele corre ou está
excitado, proporcionam uma grande captação de ar. Normalmente as narinas se
encontram semi-cerradas reduzindo a poeira proveniente da respiração nos climas
mais secos como no deserto.
Maxilares - O tamanho e a grande separação entre os maxilares ou ganachas no
cavalo Árabe proporcionam um bom espaço para a passagem de sua desenvolvida
traquéia - provavelmente esse é um outro fator de adaptação para aumentar a captação
de ar.
Carregamento de cabeça - O carregamento natural de cabeça do cavalo Árabe é muito
mais alto do que qualquer outra raça, especialmente ao galope. O alto carregamento
da cabeça facilita a passagem do ar, abrindo as flexíveis narinas e alongando a
traquéia. É comprovado que os cavalos Árabes possuem maior número de células
vermelhas que as outras raças, o que pode indicar que o cavalo Árabe usa o oxigênio
mais eficientemente.
Pele - A pele negra por debaixo dos pêlos do cavalo Árabe é visível devido à delicadeza
ou ausência de pêlos em torno dos olhos e focinho. Essa pele escura em torno dos olhos
reduz o reflexo da luz do sol e também protege contra queimaduras. A fina pele do
cavalo Árabe proporciona a rápida evaporação do suor resfriando o cavalo mais
rapidamente.
Irrigação Sanguínea - As veias que se tornam visíveis por saltarem à flor da pele
quando o cavalo Árabe enfrenta um grande esforço físico, em contato com o ar,
resfriam rapidamente a circulação sanguínea, proporcionando maior conforto em
longas jornadas.
Crina - Os pêlos da crina são normalmente finos e longos, protegendo a cabeça e o
pescoço da ação direta do sol. O longo topete na testa também protege os olhos do
reflexo e da poeira.
Focinho - O pequeno e cônico focinho também deve ser creditado de sua herança do
deserto. A escassez de alimentos deve ter reduzido o focinho para o admirado tamanho
e formato de hoje. Os finos e ágeis lábios provavelmente são resultados dos ralos
pastos do deserto. Os cavalos dos beduínos pastoreavam apenas esporadicamente
comendo poucos chumaços de grama aqui e ali, enquanto seguiam em suas longas
jornadas. Lábios ágeis podem rapidamente se prover de pequenas porções de ralas
gramas e ervas.
Estrutura Óssea - É fato que muitos cavalo Árabes possuem apenas cinco vértebras
lombares, diferentes das seis comuns em outras raças. Essa vértebra a menos explica o
pequeno lombo e a resultante habilidade em carregar grandes pesos
proporcionalmente ao seu tamanho. No entanto, modernas autoridades do cavalo
Árabe, como Gladys Brown Edwards, afirmam que não são todos que possuem cinco
vértebras, muitos possuem o padrão de seis vértebras. Até hoje não é sabido qual
número mais comum de vértebras no cavalo Árabe e não há evidência de que o Árabe
que possui cinco seja mais puro ou mais desejável do que o que possui seis.
Carregamento da Cauda - O alto e natural carregamento da cauda é resultado da
singular estrutura óssea do cavalo Árabe. A primeira vértebra da cauda, que se liga à
parte interna da garupa é levemente inclinada para cima, ao contrário de outras raças
que se inclina para baixo.
A cabeça - A distinta beleza do cavalo Árabe é uma das principais marcas do tipo da
raça. O clássico perfil é marcado por duas características: jibbah e afnas, muito
admiradas pelos beduínos.
Jibbah - é a protuberância acima dos olhos. Nem todos os cavalo Árabes maduros
possuem, mas ele é óbvio nos potros. O Jibbah aumenta o tamanho da cavidade nasal
proporcionando maior capacidade respiratória.
Afnas - O afnas é a chamada "cabeça chanfrada". O chanfro é a depressão no osso
frontal da cabeça entre os olhos e o focinho, ele apresenta uma curva côncava no perfil
da cabeça. Embora o Afnas fosse admirado pelos beduínos como um aspecto de beleza,
nem todos os seus cavalos possuíam o chanfro pronunciado, da mesma forma que hoje
nem todos os modernos cavalos Árabes possuem esse perfil. Mas uma cabeça é
considerada boa e típica quando possui:olhos grandes, salientes, bem separados e
situados logo abaixo da testa;testa larga;narinas grandes e flexíveis;cabeça
descarnada e seca;a expressão geral é alerta, inteligente e vivaz.Os chamados "olhos
humanos" ou "branco nos olhos" no qual é visível a esclerótica branca em torno da íris
é um ponto polêmico na criação do cavalo Árabe. Margaret Greeley em seu livro
"Arabian Exudus" cita Wilfrid Blunt afirmado que o branco nos olhos não era um sinal
de mau temperamento, pelo contrário, era uma característica desejada pelos beduínos.
Muitos juízes e criadores modernos, no entando, desgostam e penalizam os cavalos que
possuem essa característica a despeito do fato dela aparecer em certas antigas e
valiosas linhagens.

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