O Altér-real é uma raça Portuguesa relativamente
desconhecida que foi desenvolvida para servir a realeza. Foi trazida para o
Brasil por D. João VI, no tempo de seu reinado.
História
O surgimento da raça Altér-real começou em 1748 pela Casa de
Braganza em Villa do Portel. O
objetivo era prover cavalos para os Estábulos Reais em
Lisboa que eram excelentes cavalos para equitação clássica, e também, para
carruagem. Depois de 8 anos a coudelaria foi transferida para Altér, uma cidade
conhecida por terra rica mineral e um alto conteúdo de nutriente em seus pastos.
Isso explica a primeira parte do nome, como para Real que é em função da
realeza portuguesa. A primeira coudelaria tinha 300 das mais finas éguas
andaluzas levadas para Portugal da região de Jerez de La Frontera, o mais
famoso centro espanhol de criação e, garanhões Árabes. Floresceu em Alter,
fornecendo montarias para a corte, e a raça ficou conhecida graças às
apresentações promovidas em Lisboa. No começo do século XIX, todavia, muitos
dos cavalos se perderam ou foram roubados com o saque do haras pelas tropas
napoleônicas do general Junot (1804-14). Em 1834, outros desastres sobrevieram
e culminaram com o fechamento dos estábulos reais. Uma reorganização chegou a
ser ensaiada sob D. Maria Pia, no fim do século, com a introdução de sangue
estrangeiro - inglês, normando, hanoveriano e, principalmente árabe. Os
experimentos foram mal sucedidos e a raça quase se arruinou. No final do século
a raça foi salva pela importação de cavalos andaluzes. Os arquivos dos
estábulos foram destruídos com o advento da republica (1910). Quando a
monarquia em Portugal acabou, a coudelaria também acabou, e por conseqüência a
raça, teria desaparecido. Dr. Ruy d'Andrade, a maior autoridade eqüestre de
Portugal, previu isto, então ele continuou com uma pequena criação de Altér-real,
e seus sucessores surgiram de 2 garanhões.
Em 1932 o Ministério da Economia tomou a iniciativa de
reconstituir a criação dos alter-reais. Desde então a raça foi melhorada
selecionando éguas adequadas e usando só os melhores garanhões. Ainda não há
muito Altér-real, mas eles não estão em perigo de extinção. Esta raça é uma
parte da herança cultural de Portugal.
Características
Dizem que hoje o Altér-Real se parecem a raça original do
início de 1700 e, a despeito das vicissitudes por que a raça passou, o alter
moderno, virtualmente andaluz outra vez, sobrevive como um cavalo valente, de
extravagante, vistosa, altamente apropriada à Haute Ecole. Sua altura esta
entre 15 e 16 hh e, as cores primárias são baía, marrom e cinza. O pescoço é
curvado, musculoso, pequeno e naturalmente alto. A cabeça se assemelha ao
Andaluz o e é freqüentemente definida como nobre mas comparativamente pequena,
com perfil reto ou levemente convexo. Um jarrete poderoso, bem colocado. A
cauda é de crina farta , luxuriantes. O corpo é compacto e curto e a garupa se
inclina com rabo de baixo inserção. Eles são inteligentes, sensíveis de grande
coragem e seu caráter é próprio e inconfundível.
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